O blog começou em 2004 e de lá pra cá, muita coisa mudou. Só nele? Não. Em tudo - na minha vida, nos portais de entretenimento da internet, na própria música brasileira, no pensamento dos brasileiros. Tudo sofre mutações. Você hoje já não é mais aquele de alguns dias atrás, por ter sofrido influências em determinado aspectos, por agentes diferentes...
O EnTHulho começou como Henrick's Blogger, no período compreendido entre Junho/2004 e Fevereiro/2005, quando apaguei (burrada) seus primeiros meses e restreei com o nome que estamos acostumados. Ficou imutável até 2010, em Abril, quando deixei o endereço anterior (http://www.thiagohenrick.blogger.com.br/) e rumei para o atual, acrescentando o "Musical" ao título. Funcionou e me rendeu ótimos reconhecimentos, de amigos e de muita gente que sempre acessa e comenta (o marcador de visitas não mente...rs). Agora é hora de mudanças. Não só no lay out (o belo aspecto praiano, apesar de lindo, não condiz com o conteúdo do blog), mas também no conteúdo - cada vez mais o EnTHulho Musical caminhará para ser uma divertida "revista musical brasileira on line", com muitas listas, matérias, vídeos, indicações musicais de amigos, novidades muito bacanas e, claro, sempre no formato que o consagrou e faz valer seu slogan: "letra, música e coração".
Não temo mudanças. Elas sempre são bem vindas. Vejo uma porrada de gente xingando o novo Orkut, mas mudar faz sentido. Causa estranheza no começo, mas a vida seria tão mais chata sem essas pequenas transformações de universos e atmosferas :)
...E para coroar uma fase tão bem sucedida, porque não lançar o primeiro cd, com hits que apareceram no próprio blog, compreendidos entre os meses de Abril e Agosto de 2010? Calma, gravadoras...o disco tem mero caráter simbólico e não será comercializado (no entanto, amigos interessados, contactem-me!rs). Reuni algumas das músicas que figuraram por aqui e a capa (caseiríssima, sou péssimo em estética, desculpem) marca bem todos os meses que entramos no blog e vimos a bela paisagem praiana. A imagem poderia ser concebida como o habitat típico dos luais, pra colocar algum ensejo musical na coisa... Então..a partir de quinta-feira, dia 02 de Setembro (data escolhida a dedo), uma nova fase no blog será iniciada. E que outras tantas venham, então! :)
P.s.:1 Pra quem tem Orkut, não deixem de entrar na comunidade do EnTHulho Musical, sempre trazendo novidades e atualizações, além de reunir internautas fãs de música brasileira. Aqui! P.s.:2 - A lista de músicas do cd, claro! Clicando em cada uma pode-se fazer o download. Quer baixar tudo de uma vez? Clique aqui!
Nem um pouco sendo de desgosto, o mês teve duas listas bem legais (a "do tempo em que a tv prestigiava artistas musicais" e a do dia dos pais) e muita música em estilos variados - a merecida homenagem a Adoniran Barbosa com o samba clássico dos seus pupilos, Demônios da Garoa, passando pelo pop brasileiro (Lulu, Ed, Ana Carolina) até os requintes de MPB clássica, pontuados por Gonzaguinha e Caetano Veloso. Mopho, Fafá de Belém e as ótimas Chicas foram as estreias. Agradecimentos também aos amigos musicais convidados, os "Marcos" e o Paulinho.
Legenda:
Azul claro: estreias; Azul-escuro: artistas que subiram; Vermelho: artistas que desceram Preto: artistas que mantiveram a posição
1ª ZÉLIA DUNCAN - 14 músicas (=) 2ª MOSKA - 12 músicas (=) 3ª MARISA MONTE – 11 músicas (=) 4ª CÁSSIA ELLER - 10 músicas (=) 5º CHICO BUARQUE – 9 músicas (=) 6ª RITA LEE – 9 músicas (=) 7ª MARIA BETHÂNIA - 8 músicas (=) 8º CAETANO VELOSO - 7 músicas (+4) 9º DJAVAN - 7 músicas (-1) 10º LENINE - 7 músicas (-1) 11ª VANESSA DA MATA - 7 músicas (-1) 12ª ADRIANA CALCANHOTTO - 6 músicas (-1) 13º CAZUZA - 6 músicas (=) 14º LEGIÃO URBANA - 6 músicas (=) 15ª MARINA LIMA - 6 músicas (=) 16º NANDO REIS - 6 músicas (=) 17ª ANA CAROLINA - 5 músicas (+9) 18ª GAL COSTA - 5 músicas (-1) 19º GILBERTO GIL - 5 músicas (-1) 20ª ELIANA PRINTES - 5 músicas (-1) 21ª ELIS REGINA - 5 músicas (-1) 22º MILTON NASCIMENTO – 5 músicas (-1) 23ª NARA LEÃO – 5 músicas (-1) 24º OS PARALAMAS DO SUCESSO - 5 músicas (-1) 25ª SIMONE - 5 músicas (+6) 26º ZECA BALEIRO - 5 músicas (-2) 27º ALCEU VALENÇA - 4 músicas (-2) 28ª DANIELA MERCURY - 4 músicas (-1) 29º ENGENHEIROS DO HAWAII - 4 músicas (-1) 30º FLÁVIO VENTURINI - 4 músicas (-1) 31º GONZAGUINHA – 4 músicas (+5) 32º SKANK - 4 músicas (-2) 33º VINICIUS DE MORAIS - 4 músicas (-1) 34º ZÉ RAMALHO - 4 músicas (-1) 35º CHICO CÉSAR - 3 músicas (-1) 36ª FERNANDA ABREU - 3 músicas (=) 37º GUILHERME ARANTES - 3 músicas (=) 38º HERBERT VIANNA - 3 músicas (=) 39º IVAN LINS - 3 músicas (=) 40º JORGE VERCILO - 3 músicas (=) 41º LULU SANTOS - 3 músicas (+30) 42º OS MUTANTES - 3 músicas (-1) 43ª NANA CAYMMI - 3 músicas (-1) 44º PATO FU - 3 músicas (-1) 45º RAUL SEIXAS - 3 músicas (-1) 46ª RITA RIBEIRO - 3 músicas (-1) 47ª ROBERTA SÁ - 3 músicas (-1) 48º TOQUINHO - 3 músicas (-1) 49ª MEMÓRIA INFANTIL: XUXA - 3 músicas (-1) 50º ADONIRAN BARBOSA – 2 músicas (+37) 51ª ALZIRA ESPÍNDOLA - 2 músicas (-2) 52º ARNALDO ANTUNES - 2 músicas (-2) 53º BARÃO VERMELHO - 2 músicas (-2) 54ª BRUNA CARAM - 2 músicas (-2) 55ª BELLÔ VELOSO - 2 músicas (-2) 56º CAPITAL INICIAL - 2 músicas (-2) 57º CARLINHOS BROWN – 2 músicas (-2) 58º CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI - 2 músicas (-2) 59ª CÉU - 2 músicas (-2) 60ª CLARA NUNES - 2 músicas (-2) 61º ED MOTTA - 2 músicas (+52) 62ª ELBA RAMALHO - 2 músicas (-3) 63ª ELIZETH CARDOSO – 2 músicas (-3) 64ª ELZA SOARES - 2 músicas (-3) 65ª FERNANDA TAKAI - 2 músicas (-3) 66º ITAMAR ASSUMPÇÃO - 2 músicas (-3) 67º JAY VAQUER – 2 músicas (-3) 68º JORGE BEN - 2 músicas (-3) 69ª INTERNACIONAL CONVIDADA: JULIETA VENEGAS - 2 músicas (-3) 70º KID ABELHA - 2 músicas (-3) 71ª LEILA PINHEIRO - 2 músicas (-3) 72ª CANTRIZ: LETÍCIA SABATELLA - 2 músicas (-3) 73º LOS HERMANOS - 2 músicas (-3) 74ª MARIA RITA - 2 músicas (-2) 75ª MONICA SALMASO - 2 músicas (-2) 76º NEY MATOGROSSO – 2 músicas (-2) 77º O RAPPA - 2 músicas (-2) 78º OSWALDO MONTENEGRO - 2 músicas (-2) 79ª PATRICIA MARX - 1 música (-2) 80º PEDRO LUIS E A PAREDE - 2 músicas (-2) 81ª PITTY - 2 músicas (-2) 82º ROBERTO CARLOS – 2 músicas (-2) 83ª SELMA REIS - 2 músicas (-2) 84º TOM ZÉ - 2 músicas (-2) 85º MEMÓRIA INFANTIL: TREM DA ALEGRIA - 2 músicas (-2) 86º VEGA - 2 músicas (-2) 87ª VERÔNICA SABINO - 1 música (-2) 88º WADO – 2 músicas (-2) 89ª ALICE RUIZ - 1 música (-1) 90ª ANA CAÑAS – 1 música (-1) 91ª ANELIS ASSUMPÇÃO - 1 música (-1) 92ª ANGELA RO RO - 1 música (-1) 93º ANTONIO CARLOS NÓBREGA - 1 música (-1) 94ª AS CHICAS – 1 música *ESTREIA 95º MEMÓRIA INFANTIL: AQUARIOUS - 1 música (-2) 96º MEMÓRIA INFANTIL: BALÃO MÁGICO - 1 música (-2) 97ª BANDA REFLEXU’S – 1 música (-2) 98ª BEATRIZ AZEVEDO – 1 música (-2) 99ª BETH CARVALHO - 1 música (-2) 100ª BEBEL GILBERTO - 1 música (-2) 101ª BIQUINI CAVADÃO - 1 música (-2) 102º CARLOS MOURA - 1 música (-2) 103ª CARMEM MIRANDA - 1 música (-2) 104º MEMÓRIA INFANTIL: CICLONE - 1 música (-2) 105º CIDADE NEGRA - 1 música (-2) 106º CLAUDIO NUCCI - 1 música (-2) 107º COMADRE FLORZINHA (-2) 108º CORDEL DO FOGO ENCANTADO - 1 música (-2) 109ª DANNI CARLOS - 1 música (-2) 110ª DALVA DE OLIVEIRA – 1 música (-2) 111ª DAÚDE – 1 música (-2) 112º DEMÔNIOS DA GAROA – 1 música *ESTREIA 113º DOMINGUINHOS - 1 música (-3) 114º DORIVAL CAYMMI - 1 música (-3) 115ª INTERNACIONAL CONVIDADA: DULCE PONTES - 1 música (-3) 116º EDU LOBO - 1 música (-2) 117º EMÍLIO SANTIAGO – 1 música (-2) 118º ERASMO CARLOS - 1 música (-2) 119ª FAFÁ DE BELÉM – 1 música *ESTREIA 120ª FERNANDA GUIMARÃES - 1 música (-3) 121ª FERNANDA PORTO - 1 música (-3) 122º FRED MARTINS - 1 música (-3) 123º GABRIEL PENSADOR - 1 música (-3) 124º GERALDO AZEVEDO - 1 música (-3) 125º GERALDO VANDRÉ - 1 música (-3) 126ª HELENA ELIS - 1 música (-3) 127º HERÓIS DA RESISTÊNCIA – 1 música (-3) 128º IRA – 1 música (-3) 129ª ISABELLA TAVIANI - 1 música (-3) 130ª KÁTIA B - 1 música (-3) 131ª LEILA MARIA - 1 música (-3) 132º LOBÃO - 1 música (-3) 133ª LUCIANA MELLO - 1 música (-3) 134º LUDOV – 1 música (-3) 135ª CANTRIZ: LUCINHA LINS - 1 música (-3) 136º INTERNACIONAL CONVIDADO: MADREDEUS - 1 música (-3) 137ª MARIA GADU – 1 música (-3) 138ª MARIANA AYDAR – 1 música (-3) 139ª MARTINÁLIA - 1 música (-3) 140ª MAYSA - 1 música (-3) 141ª INTERNACIONAL CONVIDADA: MERCEDES SOSA – 1 música (-3) 142º METRÔ – 1 música (-3) 143º MOINHO - 1 música (-3) 144º MOPHO – 1 música *ESTREIA 145º MORAES MOREIRA – 1 música (-4) 146ª NA OZETTI - 1 música (-4) 147º NASI - 1 música (-4) 148º NILA BRANCO - 1 música (-4) 149º INTERNACIONAL CONVIDADO: NUNO MINDELLIS - 1 música (-4) 150º OTTO – 1 música (-4) 151ª PAULA FERNANDES - 1 música (-4) 152ª PAULA LIMA - 1 música (-4) 153º PAULINHO DA VIOLA - 1 música (-4) 154º RAIMUNDO FAGNER – 1 música (-4) 155ª RENADA ARRUDA - 1 música (-4) 156º SECOS & MOLHADOS - 1 música (-4) 157ª TAMY – 1 música (-4) 158º TIM MAIA - 1 música (-4) 159° TITÃS – 1 música (-4) 160º TRIO VIRGULINO - 1 música (-4) 161º MEMÓRIA INFANTIL: TURMA DA MÔNICA - 1 música (-4) 162º VANDER LEE - 1 música (-4) 163ª VANGE LEONEL – 1 música (-4) 164ª VANIA BASTOS - 1 música (-4) 165ª WANDERLÉA - 1 música (-4) 166ª ZIZI POSSI – 1 música (-4)
As Chicas: Paula Leal, Fernanda Gonzaga, Amora Pera e Isadora Medella
Ao assistir o Som Brasil especial sobre Gonzaguinha (protagonista do post anterior, eleito pelo querido amigo Marcos Vieira), eu me deparei com essa que é uma das promessas que se cumprem na "moderna" música popular brasileira. As aspas se fazem necessárias pois o repertório das moças, apesar de eclético, nos remete a um quê de antiguidade feliz (até na versão de "Me Deixa", do Rappa). Alegria nas apresentações, suavidade nos nuances sonoros e muito, muito carisma. São AS CHICAS! O grupo é formado pelas filhas de Gonzaguinha, Amora Pêra (filha também de Sandra Pêra) e Fernanda Gonzaga (filha apenas do mestre). Somam-se ainda ao quarteto Paula Leal e Isadora Medella. Na supracitada apresentação, o mulherio absorveu com profundidade todo o rico legado musical deixado pelo compositor e nos presenteou com uma emocionada performance, abrilhantada mais ainda pela participação de Simone. Como a opinião do povo é a que vale, no dia seguinte eram incontáveis os comentários elogiosos na internet sobre a apresentação do grupo, equivalendo-se à sintonia da fervorosa plateia que contemplou a gravação do programa. Todos respondendo com louvor a energia plantada pelas novas divas da MPB. Prata da boa. As Chicas nos remetem à velha discussão sobre como está o rumo da música popular brasileira. Há um bom tempo não vemos lançados nomes que causem uma sensação de quase 'unanimidade" na aceitação como acontecia antigamente. Os tradicionalistas reagem mal à chamada "nova geração da MPB", mas com relação às Chicas, contudo, eu ouço comentários bem afáveis da velha guarda, dando a entender que elas passaram bem pelo filtro qualitativo dos mais exigentes consumidores da nossa música. Concordam ou não?
Barulhinho bom!
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EU APENAS QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE Gonzaguinha As Chicas. Part. Simone
Eu apenas queria que você soubesse Que aquela alegria ainda está comigo E que a minha ternura não ficou na estrada Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse Que esta menina hoje é uma mulher E que esta mulher é uma menina Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta Que hoje eu me gosto muito mais Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora É se respeitar na sua força e fé E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse Que essa criança brinca nesta roda E não teme o corte de novas feridas Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Eu apenas queria que você soubesse Que aquela alegria ainda está comigo E que a minha ternura não ficou na estrada Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse Que esta menina hoje é uma mulher E que esta mulher é uma menina Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta Que hoje eu me gosto muito mais Porque me entendo muito mais também
Promover alguém que trabalha com promoções e eventos. Isso é que é diplomacia! Marcos e eu nos conhecemos em 2008, estebelecendo, desde então, uma saudável sintonia, refinada mais ainda por termos muitas opiniões e pensamentos em comum, além, claro, do gosto musical afim. Cabe exaltar que, dos amigos que moram perto, por ironia, é um dos que menos vejo, mas é daqueles que se faz presente ainda que à distância, pela maneira com que se disponibiliza e se entrega à amizade. Muito bom :) Marquinhos é daquelas pessoas que não conseguem ficar quietas. Reacionário, não se conforma com meio termo: é quente ou frio. Faz questão de ser extremista e assumir logo uma posição de parcialidade tão típica de advogados, que defende com unhas e dentes aquilo que acredita. Posturas políticas, apontar os problemas que devem ser logo resolvidos ou até nas opiniões sobre música - ele consegue ser bastante incisivo e competente nos argumentos. Mas claro que isso se suaviza com a emoção com que se envolve em outros tantos assuntos. Um equilibrado bom senso, que é uma de suas melhores qualidades.
Posso defini-lo ainda como um cara feliz, esforçado, comunicativo, extrovertido, simpático e bem apessoado. Outras tantas características, mas só quem o conhece pessoalmente consegue dimensionar bem cada uma. Além disso, é um belo profissional do campo jurídico e também mentor da Premmium - Cõmunicação, Eventos e Promoções, empresa conceituadíssima que (merecidamente) só progride e se consagra mais a cada trabalho. Mais informações logo abaixo. Chegando à parte musical da coisa, o moço é uma verdadeira sumidade sonora! Conhece tanta música, tem opiniões bastante pertinentes sobre trocentos artistas, além de ter um gosto apuradíssimo e eclético. Sua escolha, inclusive, é uma das músicas que também mais gosto nessa vida. Querem exemplo melhor para comprovar nossa bem sintonizada frequência? ;)
Sou um cara feliz. Não sei bem definir o conceito de felicidade, mas vivo de bem comigo, com os outros, com o mundo. Problemas todos nós temos, mas e daí? Viver não é esse mar de rosas que nos ensinaram e ao crescer a gente vai entendendo melhor essa roda louca que gira sem parar, que é o mundo. Quem disse que crescer é bom, mentiu! E feio! Crescer é chato, e cheio de obrigações e contas pra pagar. Melhor a segurança da adolescência, onde as únicas obrigações, eram tirar boas notas, praticar esportes e se divertir... Hunf!!! Detesto pieguices, obviedade, frases feitas, batida perfeita, preto no branco, 2+2=4, enfim... Mas gosto de muitas outras coisas... Gosto de viver, de ver onde as coisas vão dar, de sentir o abismo perto... quer saber, as vezes as pessoas às vezes se sentem presas, com medo de cair e eu... eu já me joguei faz tempo! Mas, gosto de ser, estar e fazer... Gosto de saber que estar vivo é um paraíso de infinitas possibilidades. Dentre essas possibilidades, gosto de música, porque é bom, porque é legal, porque me acalma, porque faz bem ao coração e porque é bom e ponto final. Desde pequeno, ouvia boa música, graças a Deus, meu avô curtia Elizeth Cardoso, Nelson Gonçalves, Alcione, Tom Jobim, Bossa Nova, Ataulfo Alves, Dalva de Oliveira entre tantos... Com a adolescência nos anos 80 veio o gosto próprio e tome: Paralamas, Capital, Titãs Barão Vermelho, Djavan, Alceu Valença, Kid Abelha, Engenheiros do Hawai, Legião Urbana, Sting, The Smiths, The Cure, Lionel Ritchie, George Benson, Tina Turner, David Bowie, Chaca Kan, Madonna, RPM, Ritchie, Blitz e toda efervescência musical de uma época... Também vieram os descartáveis e os inesquecíveis... De muitas coisas que me lembro... um música sempre vai estar associada a boa e feliz vida que tive. Gonzaguinha, apesar do samba, do protesto, do romantismo, fez uma das melhores músicas que eu conheço... Lindo lago do amor, é assim: simples, mágica com gosto de dia feliz... Sempre que ouço me lembro com carinho de uma época fantástica e bem vivida, que não volta mais, mas que ao mesmo tempo foi absorvida com toda intensidade, daí o seu lado atual, porque não sinto qualquer saudosismo ao ouvi-la. Pelo contrário, é sempre um prazer, um sentimento de que querendo ou não, a gente veio ao mundo pra ser feliz, gostem disso ou não, essa é a verdade. E é a magia dessa canção. Eu indico.
MARCOS VIEIRA
Gonzaguinha: romantismo e poesia na música
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LINDO LAGO DO AMOR Gonzaguinha
E bem que viu o bem-te-vi A sabiá sabia já A lua só olhou pro sol A chuva abençoou O vento diz "ele é feliz" A águia quis saber Por quê, por que, por qual será O sapo entregou Ele tomou um banho d'água fresca No lindo lago do amor Maravilhosamente clara água No lindo lago do amor
Mopho é uma banda de rock que ajuda Alagoas a se situar no mapa musical brasileiro. Não tem a visibilidade nacional que merece, ou ainda tantos discos lançados para se projetar como deviam, mas todo merchan e propaganda que nosso blog puder oferecer ainda será pouco. Os caras são muito bons e desfilam com elegância por estilos retrôs, psicodélicos, folk e rock - do clássico ao mais pesado. Ainda fazem o público brasileiro preconceituoso pagar a língua - nunca imaginavam um grupo tão criativo e moderno na seara musical alagoana, sempre remetida a músicas mais populares ou folclóricas. Nada contra, diga-se de passagem. Alagoas é uma capital onde o folclore se faz presente sempre - é da nossa raiz, apenas festejo a versatilidade dos integrantes do Mopho (João Paulo, guitarra e voz; Hélio Pisca, bateria; Junior Bocão, baixo e Dinho Zampier, piano e teclados), que conseguem também outro tipo de público para nosso estado.
O nome da banda é dos mais óbvios possíveis: quem escuta a sonoridade "a la" Beatles e Mutantes, entende que se ouve música com um quê de antiguidade (mas com arranjos modernos e atuais). Nada menos que um "Mofo" resmaterizado e clean. Aliás, "Mofo" usualmente nos remete a coisa estragada, bolorenta...mas nem sempre é assim. O próprio canal Mofo TV, da internet, é um dos maiores campos de resgate da memória televisiva, por exemplo. Essa coisa de dar uma nova cor a palavras que inicialmente soam negativas é um dom...posso até colocar o "EnTHulho" nessa - à primeira audição, o nome soa feio e lembra roupa amontoada, armário lotado....mas aqui, falamos de nosso querido blog especializado em música brasileira de todos os tipos! ;)
A seguir, mais dos mofados roqueiros alagoanos, que estão lançando seu terceiro disco agora, em 2010. Infelizmente, constatando que não dá pra se viver do rock que eles fazem só em nosso estado. Trampolim, contudo, pro resto do país apreciar sua excelente música.
P.s.: A banda encontra-se produzindo seu terceiro disco, mixando e trabalhando bastante. Fora isso, existe um muito bom disco ao vivo deles, de 2006, intitulado "Mopho É Um Barato", apresentação ocorrida no Teatro Deodoro.
A formação do grupo em 2000
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A CARTA Mopho
Fale eu não ligo meu amor Antes que eu acorde Seja como for Não pode ser pior Que ficar deixando tudo pra depois A esperar fazendo planos inúteis
Nada faz sentido Hoje eu sei Todo aquele tempo quanta ilusão Foi tudo o que eu quis E pensar me faz querer um pouco mais Compreender o que não tem explicação
Escreva uma carta Nela me diga que você Não esqueceu de mim Que sente a minha falta e quer Me beijar
E pensar me faz querer um pouco mais Compreender o que não tem explicação
Escreva uma carta Nela me diga que você Não esqueceu de mim Que sente a minha falta e quer Me beijar, oh
Adriana Calcanhotto já fez música se deliciando na degustação de cada parte sua; Djavan criou o verbo "caetanear" no meio de sua "Sina" e a própria Maria Bethânia, em meio a seus shows e profusões de divindades, cita-o como uma espécie de semideus junto a seus tão poderosos orixás. Caetano Veloso, um outrora tímido rapaz que, graças à oportunidade de se apresentar ao Brasil (feita pela irmã Bethânia), pôde mostrar que tinha muito mais a dizer e ser ouvido e hoje se consagra como um dos maiores compositores já existentes, com uma relevância indescritível para a música brasileira - e com reflexo nas de outras nações também.
Caetano tem um percurso muito único na música popular brasileira. Criou hinos de revolta política panfletária; fundou movimentos musicais (Tropicalismo); fez com Gilberto Gil uma das parcerias mais intelectuais e afinadas em termos de composição, e, unindo ainda sua irmã e Gal Costa (as cantoras que mais lhe interpretaram, até hoje), compôs o quarteto hippie dos anos 70 "Doces Bárbaros", conquistadores de público e crítica. A partir da década de 80 proliferou-se no exterior, tendo sua música alcançado diversos países. Isso, é claro, sem contar a infinidade de músicas que se popularizaram como hits em coletâneas, filmes, novelas...
Alguns torcem o nariz pra seu jeito de agora, mais "soberbo" ou sem tanta paciência. Outros, contudo, constatam: o cara tem uma opinião que vale ouro. Passou pelo crivo de Caetano, pode esperar que é coisa boa. Abençoa novatos, opina com propriedade sobre trabalhos de colegas. É ser chique, ser cult, é demonstração de nível elevado mostrar que gosta do compositor e que acata suas opiniões como fiéis seguidores da escola 'boa cultura de ser", tendo o baiano como referência intelectual. Uma espécie de religião Caetano que, como as doutrinas religiosas, provoca polêmicas e não consegue fidelizar todo mundo, mas que ainda assim tenta, de tempos em tempos, convocar mais seguidores...
Eu me situo no cantinho mais confortável e contemplador da parte de cima do muro. Gosto dele, acho que tem talento e capacidade de criar coisas que acabam se tornando lendárias, mas também vejo que existe gente com tanto talento quanto, o que dismistifica essa coisa de "Deus". Admiro bem mais sua trajetória e prefiro os hinos da época da ditadura e de todos aqueles anos difíceis do que escutá-lo, hoje, dando suas declarações bombásticas sobre assuntos diversos (política, no topo). É aquela coisa: gostava mais do moço quando "fazia". Língua ferina todos nós temos...
Fiquemos então, pois, com um dos pontos mais fortes do cantor. A música "Alegria Alegria" enfoca elementos culturais do exterior e pincela em pontos beligerantes tão críticos naquele tempo (década de 60). Provocou, quando foi apresentada (1967, num dos grandes festivais típicos da época) uma estranheza inicial e um discreto sentimento xenófobo, mas que logo foram substuídos pela "alegria' propriamente dita. É uma música totalmente cinematográfica - "letra-cãmera-na-mão" como bem definiu Décio Pignatari. Fora ainda dos marcos iniciais do tropicalismo e tema de abertura da novela Sem Lenço Sem Documento (1977) e da minissérie Anos Rebeldes (1992). Vamos então à letra e ao vídeo, para que tirem vocês mesmos as próprias conclusões sobre o que Caetano de fato representa.
Hoje a sessão "Amigo Musical Convidado" aterrissa em terras paulistanas (especificadamente em "Aparecida do Norte") pra trazer a indicação de Paulo Ricardo Diniz, o Paulinho, integrante de um grupo de especialistas televisivos (do qual faço parte) denominado "Memória da TV".
A turma é formada por profissionais de diversas áreas: atores, Djs, jornalistas, roteiristas, advogados, professores, fisioterapeutas...todos possuindo a paixão televisiva como ponto comum.
Paulo formou-se esse ano em Comunicação Social e é um super querido! Passamos horas tricotando via MSN sobre assuntos diversos e percebo que é um rapaz super preocupado com o futuro e seus próximos passos. O moço fez 22 anos há duas semanas e já está se sentindo "velho" e repleto de prioridades profissionais a serem logo cumpridas! Daí vocês tiram...risos
Vale destacar aqui o TCC dele, que é um filme/documentário sobre a trajetória da Rede Globo e suas décadas de telenovela, intitulado "Fábrica de Ilusões - décadas de telenovela: do realismo ao fantástico". Quem já teve oportunidade de conferir aprovou o bem arrojado projeto, que contou com depoimentos de inúmeros profissionais e craques entendedores do assunto, debatendo com conteúdo muito rico, numa conversa bem sincronizada e harmônica. Uma obra que merece todo destaque possível!
Paulo também me ajuda bastante aqui no blog. Volta e meia ele mostra o que está bom ou não, dá dicas de linguagem jornalística e mostra o que torna a leitura cansativa ou proveitosa.
Lendo tudo isso, não há como discordar: é mesmo nosso menino de ouro! E selecionou uma música que, segundo o mesmo, já fez parte de sua vida e volta agora para marcar um momento de transição seu.
Atentemos ao depoimento do garoto...
Lulu: pilastra do pop brasileiro
Tudo na vida merece uma trilha sonora. É o que eu costumo dizer. Difícil é escolher a música-tema de sua vida. Acredito que as músicas marcam momentos e quando escutadas nos remetem ao mesmo. Para mim, remete ao ano, ao contexto do que eu vivia, pessoas, situações, lugares. Quando TH me convidou a escrever, eu achei que não deveria desperdiçar este importante espaço com qualquer música. Logo de cara eu escreveria sobre Elephant Gun – do Beirut, que mais se aproxima de ser a minha música-tema, mas como o blog é sobre a boa música brasileira, surgiu a dúvida. Pensei em Mutante, de Daniela Mercury, e Um Dia, Um Adeus, do Guilherme Arantes. Mas, não queria nada que lembrasse alguém. Não desta forma romântica. Atualmente na minha variada playlist toca desde os meus clássicos bregas às internacionais, parando nas “xonadas” sertanejas e claro, trilhas de novelas. Tenho escutado bastante a linda Amor Eterno, de Gian e Giovani, da trilha da novela “Sinhá Moça”, atual cartaz do Vale a Pena Ver de Novo. Mas, como eu disse, não queria escrever de uma canção momentânea. Refinando mais uma vez, escolhi Avassaladoras, do meu xará Paulo Ricardo, pois “se as coisas são como devem ser, avassaladoras serão nossas vidas então”. E a minha vida segue um pouco disto, com surpresas e emoções. Porém, a música que me inspirou a escrever este texto é Casa, do Lulu Santos. Inclusive é a que ouço enquanto escrevo este texto e de certa forma presto esta homenagem. Casa me remete a um momento feliz no ano de 2002. Eu, no caminho entre meus 14 e 15 anos, no auge da adolescência, no 1º ano do Ensino Médio. Na época, estava no ar a programa “Fama”, da Rede Globo, e conheci a música quando cantada pelos participantes desta 1ª edição. Para contextualizar ainda mais, tomando como base a TV, estava no ar a novela “Coração de Estudante”, no horário das seis, e “Desejos de Mulher”, no horário das sete. No Vale a Pena Ver de Novo, me deliciava com Maneco e as duas primeiras Helenas de ReginaDuarte, “História de Amor” seguida de “Por Amor”. Na escola, um momento feliz de amizade e um ar de novidade com a chegada do colegial. E a vida amorosa também estava boa. E não é, que neste momento esta música volta à tona e faz todo sentido com o momento que estou vivendo. Digamos que eu esteja “voltando pra casa outra vez”. “Sempre tinha a cama pronta e rango no fogão. Luz acesa, espera no portão”.
PAULO RICARDO DINIZ
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CASA Lulu Santos
Primeiro era vertigem Como em qualquer paixão Era só fechar os olhos E deixar o corpo ir No ritmo...
Depois era um vício Uma intoxicação Me corroendo as veias Me arrasando pelo chão Mas sempre tinha A cama pronta E rango no fogão...
Luz acesa Me espera no portão Pra você ver Que eu tô voltando pra casa Me vê! Que eu tô voltando pra casa Outra vez...
Às vezes é tormenta, Fosse uma navegação. Pode ser que o barco vire Também pode ser que não
Já dei meia volta ao mundo Levitando de tesão Tanto gozo e sussurro Já impressos no colchão... Pois sempre tem A cama pronta E rango no fogão, fogão!...
Luz acesa Me espera no portão Prá você ver Que eu tô voltando prá casa Me vê! ê! ê! ê! ê! ê! Que eu tô voltando prá casa...
Antes de escrever sobre Ed Motta, realizei uma pesquisa de campo com alguns colegas de MSN, perguntando-lhes o que achavam do carioca sobrinho de Tim Maia. Opiniões diversas, mas o que mais predominou foram elogios a seu talento/voz e críticas às atrocidades que comete ao falar da música brasileira.
Ed é inteligentíssimo. Teve a soul music como base, e percorre com talento e facilidade por ritmos não necessariamente brasileiros como Jazz, Disco e Funk. Mas não ter tido embasamento em terras tupiniquins fez com que sua boca, desde que começou (no fim dos anos 80), além de emitir o vozeirão que estamos acostumados a apreciar, também disparasse a metralhadora para tudo aquilo que não gostava dentro de nossa música. Algumas opiniões causaram polêmica, como falar mal do rap brasileiro logo no início de sua carreira; também dizer-se americano e não gostar de MPB e, recentemente, metralhar a axé music, o que desagradou o baiano Netinho, que respondeu a deselegância à altura via Twitter. Algumas vezes o falastrão se retrata - sabe-se que até pedir desculpas a Chico Buarque e Tom Jobim, depois de ter caído em lágrimas ao ouvi-los, ele fez.
Que ninguém cerceie o direito de ninguém de emitir opiniões. Liberdade de expressão é direito constitucionalmente garantido a todos os cidadãos, e Ed faz nada menos do que prezam tantos roqueiros: "rock e respeito não devem mesmo andar de mãos dadas". O problema é ser diametralmente vítima das próprias proliferações. Na mente de muitos, sobretudo os fãs de música nossa, Ed é um músico talentoso, mas não passa de um ser altamente arrogante e egocêntrico, com pitadas de xenofobia.
Não sou profundo entendedor de seu universo, tampouco sou fã. Reproduzo, aqui, apenas a opinião da "massa". Gosto do swing, tenho algumas coisas da Conexão Japeri (sua antiga banda) e tenho o disco "As Segundas Intenções do Manual Prático". E, democraticamente, mostro mais de seu trabalho no EnTHulho.
Conhecido bebericador de vinhos de preço exorbitante, Ed também rechaça comparações a seu tio, Tim Maia, e preza por ser conhecido por seu talento. Que é inegável!
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TEM ESPAÇO NA VAN
Composição: Seu Jorge Ed Motta
Se arruma aqui que tá bom, aqui tá dez Se arruma tem espaço na van Tem espaço na van
Pega o trem, vem pro baile Ser feliz Sem disfarce Tudo bem Tudo vale Só nos resta sorrir e dançar em paz
Vem cá meu bem me dê a mão Vamos jogar nesse salão Ainda bem que você chegou Vem cá te quero Um brinde a vida e só nos dois
TH - Dispa-se de preconceitos e se jogue no salão :)
Madame Rita Lee, no auge da segunda versão de sua "Arrombou a Festa", disparou: "no meio disso tudo a Fafá vem dar um jeito. Além de muita voz ela também tem muito peito!". Verdade. Fafá é dona de uma das vozes mais poderosas de nossa música popular brasileira e seus famosos seios fartos não chegaram a causar estranheza quando começou, em 1975, aparecendo como a voluptuosa cantora acima do peso que cantava descalça e tinha um vozeirão. Arrombando todas as festas! Ela poderia também (como tantos outros) constar na lista que fiz dos artistas que tiveram um upgrade na carreira por causa da TV, pois foi graças a Gabriela, a novela, que a cantora se tornou conhecida Brasil afora com a bela interpretação para "Filho da Bahia". Consagraria, a partir de então, uma longa carreira de altos e baixos como qualquer outro artista, percorrendo por diversos ritmos - com direito a forró, sertanejo e até lambada - versatilidade sempre foi o forte dessa aleluia de Belém. Minha preferidas, contudo, estavam no começo da trajetória da moça. Escutando Mp3 antigos, notei que, tal qual Simone, o problema da Fafá foi deixar a verve romântica em massa gritar mais alto na década de oitenta, perdendo a identidade de cantora mais refinada que tinha atraído até o mais temido crítico musical, José Ramos Tinhorão, na época do lançamento de seu primeiro disco. Mas, como tudo tem seu lado positivo, sua popularização lhe trouxe mais sucesso e fez com que atingisse até as periferias com sua voz firme e alta. Foi competente parceira inclusive de Michael Sullivan, sempre tido como o "embregador" da carreira dos artistas. O único show de Fafá que contemplei foi em 2005, na inauguração do memorial Teotônio Vilela, aqui em Maceió. A cantora, sabe-se, é uma das maiores interpretes da música "Menestrel das Alagoas" de Milton Nascimento e Fernando Brant que foi composta para o falecido senador alagoano na década de 80. Quase que eu reproduzia a canção aqui, mas como estamos em tempos políticos e como Teotônio Vilela Filho é candidato a reeleição em nosso estado, não quero fazer panfletagem. Logo escolhi a sensível letra de Sueli Costa, renomada compositora que atinge em cheio corações mais aflitos e emotivoss, casando perfeitamente, com o inegável talento de Fafá.
Em pesquisa minha feita na net, não se decidem se seu aniversário é 09/08 ou 10/08. Na dúvida, parabéns pra moça de resPEITO!
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DENTRO DE MIM MORA UM ANJO Sueli Costa e Cacaso Fafá de Belém
Quem me vê assim cantando Não sabe nada de mim Dentro de mim mora um anjo Que tem a boca pintada Que tem as unhas pintadas Que tem as asas pintadas Que passa horas à fio No espelho do toucador Dentro de mim mora um anjo Que me sufoca de amor Dentro de mim mora um anjo Montado sobre um cavalo Que ele sangra de espora Ele é meu lado de dentro Eu sou seu lado de fora Quem me vê assim cantando Não sabe nada de mim Dentro de mim mora um anjo Que arrasta suas medalhas E que batuca pandeiro Que me prendeu em seus laços Mas que é meu prisioneiro Acho que é colombina Acho que é bailarina Acho que é brasileiro Quem me vê assim cantando
Filho de peixe, peixinho é? Grandiosidade se herda também??
Não posso afirmar se isso sempre é verdade, só sei que no mundo musical brasileiro, diversos filhos seguiram as carreiras de seus pais. Uns se inspiraram livremente; outros pegaram gancho na fama, até por não terem entre si uma relação tão afetuosa assim, mas uma coisa é fato: o gene musical tá a solta e o EnTHulho hoje procura relembrar alguns casos de pais musicais famosos - filhos idem. Com ou sem talento (risos).
Que tal me ajudarem a complementar a lista?? É com vocês!
Uma observação: dedico o post a meu pai, Nelson Vieira, músico seresteiro e talentoso daqui de Alagoas. Feliz dia dos pais a todos!
1) DORIVAL CAYMMI Podem chamá-lo de boa vida, daqueles que passam o dia inteiro deitado na rede esperando a inspiração chegar para poder compor, mas o fato é que Dorival foi um gênio da música brasileira. E ensinou muito de seu ofício a sua prole – Danilo, Dori e principalmente Nana Caymmi. É de dar gosto ver como a cantora tem uma verdadeira adoração pela memória do pai. Em show recente, constatei esse amor, pois ela lamentou profundamente o quanto os músicos de hoje menosprezam a obra de Dorival, sobretudo por suas composições não serem tão regravadas como as de outros. Isso é que é amor de filha....medalha de ouro pros baianos!
2) JAIR RODRIGUES Jair Rodrigues surpreendeu positivamente plateias mundo afora com sua tão boa engajada parceria com Elis Regina. Do Samba à Bossa Nova, o sorrisão de Jair sempre lhe conferiu um grande carisma, que é evidenciado mais ainda pela bela maneira com que se relaciona com seus filhos, que seguiram o sucesso do pai. Jair Oliveira, que foi famoso integrante do Balão Mágico, hoje se tornou um talentoso compositor, depois de ter se dedicado mesmo aos estudos musicais fora do país. E Luciana Mello parece que herdou o gene da boa voz do pai, conseguindo também causar surpresa e emoção quando se apresenta. Família de orgulho, medalha de prata pr’ eles!
3) MARTINHO DA VILA O sambista Martinho Da Vila afirma não ser um bom pai por sempre estar viajando na época do dia dos pais, frustrando a expectativa de seus oito filhos. Mart’nália, a mais famosa, diz que é caduquice dele e que sempre foi um bom pai sim, conferindo-lhes base mais em cima dos palcos do que com presença física. A cantora começou uma boa carreira com pé no samba, mas com uns dedinhos na MPB contemporânea. Medalha de bronze pro cara que já teve mulheres de todos os tipos, mas que é um ótimo pai :)
4) LUIZ GONZAGA Um dos parentescos mais festejados do mundo da música, Gonzaguinha é, na verdade, filho adotado de Luiz Gonzaga. Foi criado por tios e padrinhos, e, de alguma forma herdou o talento do pai e se tornou tão conhecido e aclamado como o rei do Baião, tornando-se cantor e compositor respeitado e gravado por muita gente. É do Nordeste o quarto lugar!
5) WILSON SIMONAL Wilson sempre chamou atenção por sua grande voz que se amoldava com facilidade ao fino da Bossa Nova, mas poderia percorrer tranquilamente por demais ritmos musicais. Teve outros grandes méritos, como ter sido o primeiro negro a e apresentar sozinho num programa de televisão no país (o show em...si...monal) e reinar na copa do mundo de 70 ao lado de Pelé e de seus amigos da seleção Canarinho. A partir daí desenvolveu uma carreira complicada por conta de suas relações com polícia, política e órgãos de informação, caindo no ostracismo em plena década de 80. Seus dois filhos famosos, Wilson Simoninha e Max de Castro passaram o pão que o diabo amassou sendo eternamente apontados como crias do homem maldito. Sempre o defendem, alegando que a história está, na verdade, incompleta e a partir da década de 2000 começaram paralelamente suas carreiras musicais. Esse gesto de amor com um pai que pôde não ter se situado sempre num caminho linear, merece ser apontado.
6) ALTEMAR DUTRA Altemar Dutra, às do bolero brasileiro, foi sucesso em toda América Latina, iniciando seu trabalho na rádio. Seu filho, Altemar Filho, destaca-se, além da música, nos esportes, sendo campeão sul americano de kickboxing full contact. Apesar dos poucos discos gravados, sempre elogia e relembra as glórias de seu pai.
7) MORAIS MOREIRA Morais pai dispensa apresentações. Mais de 40 discos gravados, integrante renomado do grupo “Novos Baianos” e conceituadíssimo no cenário musical. Morais filho começou como integrante de bandas de cantores como Caetano Veloso, Marisa Monte e Vanessa da Mata; ficou mais conhecido quando se casou com Ivete Sangalo e agora se dedica a uma tímida carreira solo.
8) JOÃO GILBERTO João Gilberto, perdoem-me os fãs, pra mim sempre foi um porre. Daqueles que brigava com a plateia, que insistia em dizer que “vaia de bêbado não vale”. O que não desconfigura seu talento e relevância para a música popular brasileira. Um de seus muitos trunfos é a filha Bebel Gilberto, uma das que mais luta pra representar nossa música lá fora. Muitos não topam com o ar blasé da moça, mas verdade seja dita: ela sempre honrou a confiança depositada por seu pai. E muito bem!
9) HERIVELTO MARTINS A história de Herivelto Martins e seu filho, Pery Ribeiro, foi contada na minissérie “Dalva & Herivelto”, no início do ano na Rede Globo. Herivelto casou-se com Dalva de Oliveira e iniciaram uma relação recheada de brigas e traições. Nesse cenário, Pery desde cedo começou a cantar profissionalmente e, apesar de tudo, nunca deixou de demonstrar o orgulho do ofício de seu pai.
10) GILBERTO GIL No fim da parada, temos Gilberto Gil, ex ministro da cultura e músico como poucos nesse país. Sua filha, Preta Gil, por sua vez, consegue a façanha de não ser unanimidade. Sua carreira versátil não a situou num só ramo, e muitos torcem o nariz pra isso. Do pai, só herdou a fama e as facilidades adquiridas com ela, pois mais que talento, Preta chama mais atenção pela maneira sincera e despojada nas entrevistas e apresentações. E, claro, por sua exuberância, tão pouco a ver com a simplicidade do pai.
Lembrar do Marcos é relembrar de "turmas de saída e baladas". Quem já não teve uma fase saideira? Por mais que hoje me veja tão caseiro e quieto, já fui baladeiro de carteirinha. Meus chegados eram chamados de "turma do Will" (outro que futuramente nos presenteará com um belo post musical) - denominação esta pois meu amigo Will assumia a posição de líder, intermediando a comunicação de diversos segmentos de amigos. Como não poderia deixar de ser, encontrei Marcos numa dessas "reuniões".
Claro que num grupo grande, após um certo tempo há a "filtração natural", ou seja, os acontecimentos são determinantes para saber quem fica ou não. Marcos me chamou logo atenção por ter personalidade forte e ser sincero - eu diria que muitos admiram sua sinceridade, mas até ela ser voltada contra eles (risos). Isso por vezes lhe foi prejudicial, causando o afastamento de algumas pessoas que antes eram importantes em seu dia a dia. Infelizmente, a vida tem mesmo essa forma torta de mecanizar as coisas e pessoas...
Fazendo um contraponto, invoco aqui o quanto ele sempre foi generoso e simpático comigo. O tempo nos afastou, mas nunca posso dizer que ele não "ficou, pois mesmo com o afastamento, toda vez que a gente se reencontra constatamos que a empatia permanece. Já fomos protagonistas de muitas histórias: casa de praia no Francês; na Barra; as caras e bocas do moço medroso no parque de diversões, sendo alvo de deboche até de um menininho super corajoso de 10 anos; nossas aventuras nos Culture Rangers, em que também era integrante, dentre outras.
Fora isso, fico feliz por ele ter se realizado na área veterinária - realmente ama o que faz! Minha relação com escorpianos é extremada. Sempre me dou muito bem ou muito mal E, graças a Deus, Marcos pertence ao primeiro grupo.
Solta o verbo musical, rapaz! :)
Vem com a Carol, vem!
Ui... falar de uma musica para mim não é complicado. Quando alguém pergunta “Qual a sua musica?” ou “ Pensa numa musica.” Só me vem uma: "Confesso" da Ana Carolina. Bom... comecei bem direto né? Era isso mesmo que eu queria passar, posso dizer mil musicas que marcaram minha vida “Por Enquanto”, “Negue”, “Sempre não é Nada”,“Ursinho Pimpão”, “S”, “ Meu Cãozinho Xuxo” (chorei escutando essa musica com ela) e etc, mas sempre existe aquela... aquela que você acorda de manhã triste ou alegre, agitado ou calmo, tenso ou relex e só vem ela em sua mente e por conta disso dependendo do seu estado de espírito você vai dar mais ênfase a frase do dia e para mim é assim com Confesso, pois algo mexe comigo quando penso nessa musica, ela diz muito de mim, não em um momento da minha vida, mas em todos, não sou o tipo de cara que faz as coisas por fazer, só faço com Paixão, amor, tesão e prazer - tem que existir nem que seja um prazer mórbido de levantar todos os dias e fazer a mesma coisa só para saber ate onde eu agüento ir. Sou do signo de Escorpião então não me vejo parado quieto só pelo simples fato de estar quieto, não... tudo tem um sentido, uma busca e é isso que essa musica me passa, sabe, uma vontade louca de mudar e ao mesmo tempo de quem sabe um dia voltar atrás só para ter o gostinho de saber se realmente aquilo que deixei “para trás” não era exatamente o que eu estava procurando e na época eu achava que era. Menino, viajei hein? Mas é isso mesmo que faço quando escuto uma musica, às vezes me pego escutando uma musica no carro e parece que aquela musica é trilha sonora do meu momento novela das 8...rs Parar e escutá-la é como se fosse eu falando de mim mesmo... CONFESSO ACORDEI ACHANDO TUDO INDIFERENTE, VERDADE ACABEI SENTINDO CADA DIA IGUAL... sou eu quando vou mudar alguma coisa, nem que seja o corte do cabelo...kkkkkk Gente, escutem a musica e me escutem cantando... só isso... amo musica e mesmo escutando todo dias boiada, forró eletrônico, Bethânia... não desmerecendo nenhum estilo musical, mas tenho minhas preferências... simmmm... também sou "Iveteiro"..kkkkk CONFESSO!!!!! ;-)
MARCOS MENDONÇA
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CONFESSO Ana Carolina Ana Carolina e Totonho Valory
Confesso acordei achando tudo indiferente Verdade acabei sentindo cada dia igual Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais É mesmo exagero ou vaidade Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder Aos poucos fui ficando mesmo sem saída Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade Também tenho saudade mas já são quatro e tal Talvez eu passe um tempo longe da cidade Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
Não vou querer ser o dono da verdade Também tenho saudade mas já são quatro e tal Talvez eu passe um tempo longe da cidade Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais