terça-feira, 30 de novembro de 2010

RANKING - ATUALIZAÇÃO MENSAL (Novembro 2010)


Super mês esse na nossa revista musical!
Zélia Duncan, a artista de Novembro, fez o número de acessos ao blog crescer consideravelmente! Agradeço aos fãs da moça, que teve 5 super matérias durante esses 30 dias.
Os nordestinos, após a agressão com as eleições, foram super representados pelas inserções de Elba Ramalho e Lenine, este último eleito pelo amigo musical convidado Felipe Ramirez, que resolveu homenagear sua terra com a fodástica "Leão do Norte".
A outra amiga convidada, quebrando o jejum de só ter machos como indicadores musicais foi minha própria sister Ale Moura, que relembrou a canção que embalava seus momentos infantis: "Samba Lelê", versão de Zé Renato, que estreou aqui no EnTHulho.
Toques de classe do mês: Nana Caymmi e Violeta Parra (outra estreia). Djavan, Cássia Eller e os irreverentes Mutantes fecham a lista!
Para o artista do mês de Dezembro, fiz um verdadeiro referendo nas redes sociais (Twitter, Orkut e Facebook) para auferir votos entre Ney Matogrosso e Paulinho Moska. Disputa apertadíssima mas eu já tenho o vencedor. Querem saber quem foi? Amanhã aqui no blog! =D
Vamos ao ranking do mês!


Matérias sobre a artista do mês (clique para conferir):



Azul claro: estreias;
Azul-escuro: artistas que subiram;
Vermelho: artistas que desceram
Preto: artistas que mantiveram a posição

1º CHICO BUARQUE – 17 músicas (=)
2ª ZÉLIA DUNCAN - 17 músicas (=)

3ª MOSKA - 12 músicas (-1)
4ª CÁSSIA ELLER – 11 músicas (+1)
5ª MARISA MONTE - 10 músicas (-1)
6ª MARIA BETHÂNIA - 10 músicas (=)
7º DJAVAN - 9 músicas (+2)
8ª RITA LEE – 9 músicas (-1)
9º CAETANO VELOSO - 8 músicas (-1)
10º LENINE - 8 músicas (+3)
11ª ADRIANA CALCANHOTTO - 7 músicas (-1)
12ª ELIS REGINA - 7 músicas (-1)
13ª GAL COSTA - 7 músicas (-1)

14ª MARINA LIMA - 7 músicas (=)
15º MILTON NASCIMENTO – 7 músicas (+3)
16ª VANESSA DA MATA - 7 músicas (-1)
17º CAZUZA - 6 músicas (-1)
18º LEGIÃO URBANA - 6 músicas (-1)
19º NANDO REIS - 6 músicas (=)
20ª NARA LEÃO – 6 músicas (=)
21ª ANA CAROLINA - 5 músicas (=)
22ª DANIELA MERCURY - 5 músicas (=)
23ª ELIANA PRINTES - 5 músicas (=)
24º GILBERTO GIL - 5 músicas (=)
25º GUILHERME ARANTES - 5 músicas (=)
26ª NANA CAYMMI - 5 músicas (+8)
27º OS PARALAMAS DO SUCESSO - 5 músicas (-1)
28ª SIMONE - 5 músicas (-1)
29º TOQUINHO - 5 músicas (-1)
30º ZECA BALEIRO - 5 músicas (-1)
31º ALCEU VALENÇA - 4 músicas (-1)
32º ENGENHEIROS DO HAWAII - 4 músicas (-1)
33º FLÁVIO VENTURINI - 4 músicas (-1)
34º GONZAGUINHA – 4 músicas (-1)

35º OS MUTANTES - 3 músicas (+7)
36º RAUL SEIXAS - 4 músicas (-1)
37º ROBERTO CARLOS – 4 músicas (-1)
38º SKANK - 4 músicas (-1)
39º VINICIUS DE MORAIS - 4 músicas (-1)
40ª MEMÓRIA INFANTIL: XUXA - 4 músicas (-1)
41º ZÉ RAMALHO - 4 músicas (-1)
42º MEMÓRIA INFANTIL: BALÃO MÁGICO - 3 músicas (-1)
43º CHICO CÉSAR - 3 músicas (-1)
44ª CLARA NUNES - 3 músicas (-1)
45º DORIVAL CAYMMI - 3 músicas (-1)
46ª ELBA RAMALHO - 3 músicas (+24)
47ª FERNANDA ABREU - 3 músicas (-2)
48º HERBERT VIANNA - 3 músicas (-2)
49º IVAN LINS - 3 músicas (-2)
50º JORGE VERCILO - 3 músicas (-2)
51º LULU SANTOS - 3 músicas (-2)
52ª MONICA SALMASO - 3 músicas (-2)
53º O RAPPA - 3 músicas (-1)
54º PATO FU - 3 músicas (-1)
55ª RITA RIBEIRO - 3 músicas (-1)
56ª ROBERTA SÁ - 3 músicas (-1)
57º MEMÓRIA INFANTIL: TREM DA ALEGRIA - 3 músicas (-1)
58º ADONIRAN BARBOSA – 2 músicas (-1)
59ª ALZIRA ESPÍNDOLA - 2 músicas (-1)
60º ARNALDO ANTUNES - 2 músicas (-1)
61º BARÃO VERMELHO - 2 músicas (-1)

62ª BRUNA CARAM - 2 músicas (-1)
63ª BELLÔ VELOSO - 2 músicas (-1)
64º CAPITAL INICIAL - 2 músicas (-1)
65º CARLINHOS BROWN – 2 músicas (-1)
66º CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI - 2 músicas (-1)
67ª CÉU - 2 músicas (-1)
68º ED MOTTA - 2 músicas (-1)

69ª ELIZETH CARDOSO – 2 músicas (=)
70ª ELZA SOARES - 2 músicas (=)
71ª FAFÁ DE BELÉM – 2 músicas (=)
72ª FERNANDA PORTO - 1 música (=)
73ª FERNANDA TAKAI - 2 músicas (=)
74º ITAMAR ASSUMPÇÃO - 2 músicas (=)
75º JAY VAQUER – 2 músicas (=)
76º JORGE BEN - 2 músicas (=)
77ª INTERNACIONAL CONVIDADA: JULIETA VENEGAS - 2 músicas (=)
78ª KÁTIA B - 2 músicas (=)
79º KID ABELHA - 2 músicas (=)
80ª LEILA PINHEIRO - 2 músicas (=)
81ª CANTRIZ: LETÍCIA SABATELLA - 2 músicas (=)
82º LOS HERMANOS - 2 músicas (=)
83ª CANTRIZ: LUCINHA LINS - 2 músicas (=)
84ª MARIA RITA - 2 músicas (=)
85ª INTERNACIONAL CONVIDADA: MERCEDES SOSA – 2 músicas (+75)
86º MORAES MOREIRA – 2 músicas (-1)
87º NEY MATOGROSSO – 2 músicas (-1)
88º OSWALDO MONTENEGRO - 2 músicas (-1)
89ª PATRICIA MARX - 1 música (-1)
90º PEDRO LUIS E A PAREDE - 2 músicas (-1)
91ª PITTY - 2 músicas (-1)
92ª SELMA REIS - 2 músicas (-1)
93º TOM ZÉ - 2 músicas (-1)
94º VEGA - 2 músicas (-1)
95ª VERÔNICA SABINO - 2 músicas (-1)
96º WADO – 2 músicas (-1)
97ª ZIZI POSSI – 2 músicas (-1)
99º 14 BIS – 1 música (-1)
99ª ALICE RUIZ - 1 música (-1)
100ª ANA CAÑAS – 1 música (-1)
101ª ANELIS ASSUMPÇÃO - 1 música (-1)
102ª ÂNGELA MARIA – 1 música (-1)
103ª ANGELA RO RO - 1 música (-1)
104º ANTONIO CARLOS NÓBREGA - 1 música (-1)
105ª AS CHICAS – 1 música (-1)
106º MEMÓRIA INFANTIL: AQUARIOUS - 1 música (-1)
107ª BANDA REFLEXU’S – 1 música (-1)
108º BANDA VEXAME – 1 música (-1)
109ª BEATRIZ AZEVEDO – 1 música (-1)
110ª BETH CARVALHO - 1 música (-1)
111ª BEBEL GILBERTO - 1 música (-1)
112ª BIQUINI CAVADÃO - 1 música (-1)
113º CARLOS MOURA - 1 música (-1)
114ª CARMEM MIRANDA - 1 música (-1)
115º MEMÓRIA INFANTIL: CICLONE - 1 música (-1)
116º CIDADE NEGRA - 1 música (-1)
117º CLAUDIO NUCCI - 1 música (-1)
118º COMADRE FLORZINHA (-1)
119º CORDEL DO FOGO ENCANTADO - 1 música (-1)
120ª DANNI CARLOS - 1 música (-1)
121ª DALVA DE OLIVEIRA – 1 música (-1)
122ª DAÚDE – 1 música (-1)
123º DEMÔNIOS DA GAROA – 1 música (-1)
124º DOMINGUINHOS - 1 música (-1)
125ª INTERNACIONAL CONVIDADA: DULCE PONTES - 1 música (-1)
126º EDU LOBO - 1 música (-1)
127º EMÍLIO SANTIAGO – 1 música (-1)
128º ERASMO CARLOS - 1 música (-1)
129ª FERNANDA GUIMARÃES - 1 música (-1)
130º FRED MARTINS - 1 música (-1)
131º GABRIEL PENSADOR - 1 música (-1)
132º GERALDO AZEVEDO - 1 música (-1)
133º GERALDO VANDRÉ - 1 música (-1)
134ª HELENA ELIS - 1 música (-1)
135º HERÓIS DA RESISTÊNCIA – 1 música (-1)
136º IRA – 1 música (-1)
137ª ISABELLA TAVIANI - 1 música (-1)
138ª JANE DUBOC – 1 música (-1)
139º JESSÉ -1 música (-1)
140ª JOVELINA PÉROLA NEGRA – 1 música (-1)
141ª LEILA MARIA - 1 música (-1)
142º LOBÃO - 1 música (-1)
143ª LUCIANA MELLO - 1 música (-1)
144º LUDOV – 1 música (-1)
145º LUPICÍNIO RODRIGUES – 1 música (-1)
146º INTERNACIONAL CONVIDADO: MADREDEUS - 1 música (-1)
147ª MARIA GADU – 1 música (-1)
148ª MARIANA AYDAR – 1 música (-1)
149ª MARTINÁLIA - 1 música (-1)
150ª MAYSA - 1 música (-1)
151º METRÔ – 1 música (=)
152º MIÚCHA – 1 música (=)
153º MOINHO - 1 música (=)
154º MOPHO – 1 música (=)
155ª NA OZETTI - 1 música (=)
156º NASI - 1 música (=)
157º NILA BRANCO - 1 música (=)
158º INTERNACIONAL CONVIDADO: NUNO MINDELLIS - 1 música (=)
159º MEMÓRIA INFANTIL: OS TRAPALHÕES – 1 música(=)
160º OTTO – 1 música (=)
161ª PAULA FERNANDES - 1 música (=)
162ª PAULA LIMA - 1 música (=)
163º PAULINHO DA VIOLA - 1 música (=)
164º RAIMUNDO FAGNER – 1 música (=)
165ª RENATA ARRUDA - 1 música (=)
166º RENATO TEIXEIRA – 1 música (=)
167º SECOS & MOLHADOS - 1 música (=)
168ª TAMY – 1 música (=)
169º TIM MAIA - 1 música (=)
170° TITÃS – 1 música (=)
171º TRIO VIRGULINO - 1 música (=)
172º MEMÓRIA INFANTIL: TURMA DA MÔNICA - 1 música (=)
173º VANDER LEE - 1 música (=)
174ª VANGE LEONEL – 1 música (=)
175ª VANIA BASTOS - 1 música (=)
176ª INTERNACIONAL CONVIDADA: VIOLETA PARRA – 1 música *ESTREIA
177ª WANDERLÉA - 1 música (-1)
178º ZÉ RENATO – 1 música *ESTREIA


TH - November Rain...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ÚLTIMA FAIXA: Sorrir pelo sabor do gesto (Crônica)




[Ao som de "Por Hoje É Só", última faixa do disco "Acesso"]


Zélia Duncan
e seu sorriso aberto.
Buscar os "dentes brancos do mundo" (de acordo com uma de suas músicas) é o real motivo pelo qual ela se arma de seu sorrisão pra estampar por aí.
Não existe frase mais verdadeira do que a de "sorria, que o mundo sorrirá junto a ti",
Sem dúvidas, a 'porta de entrada" do universo Zuncaniano para mim foi o sorriso de Zélia. Tão afável, acessível e convidativo!
Faz-nos pensar muito sério sobre a postura dos artistas. Não sinto, em Zélia, aquela supremacia imaginária que separa ídolo de fã. Não enxergo hierarquia de qualquer sorte. Pode ser puro papo de fã cego, como muitos podem pensar, mas lhes convido de bom grado a prestigiar um espetáculo de Ms. Duncan. Em todos os 9 shows contemplados por mim, ela transmitiu, além da aspereza e do talento musical, um nobilissimo sentimento empático e totalmente próximo de quem assiste, deixando claro que é tão importante pra quem contempla, como pra ela que está ali cantando.
Não quero que pensem que a moça não tem defeitos ou mau humor. Ou que seja perfeita - "quem se diz muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso de não ser carne e osso". Falo do que conheço: da parte disponibilizada a mim, um grande fã. Do que sinto nas entrevistas, nas respostas via Twitter, e-mail, camarins...honestamente, duvido que alguém represente tão bem o tempo inteiro. Longe disso...é genuíno, espontâneo, sincero, real!
Ainda assim, arrisco-me a dizer que não deve ser regra. Não esperemos que nossos ídolos sejam tão simpáticos ou passíveis de belos sorrisos all the time. Eles nem precisam - a comunicabilidade maior entre fã e ídolo deve ser mesmo mediante a obra. Zélia tem esse plus e eu agradeço todos os dias, mas sei de inúmeros outros artistas que admiro que passam longe de quaisquer outros atrativos em suas vidas pessoais. Pessoas são diferentes umas das outras. Por que que eles também não podem diferir entre si no tocante à resposta ao público?
Trazer o universo de Zélia até o EnTHulho foi muito tranquilo. Eu percorro muito bem por seu mundo, seus discos, músicas e acho que fizemos um bom trabalho. Além de ter sido fácil, foi extremamente prazeroso.
Que, um dia, ela veja e me diga o que achou. Com seu sorrisão e simpatia tão características...
:)


THIAGO HENRICK


"Por hoje é só...bruxas e reis sorrindo pra mim...sei que é assim. Certo é errar. Mas quando acordei corri devagar. Sem perceber, cheguei aqui!" ZD

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

TEMA DE NOVELA ESPECIAL: DOSSIÊ ZÉLIA DUNCAN!



E a postagem mais popular do EnTHulho Musical, segundo os dados na barra lateral, foi a do Dossiê Marina Lima – novelas. Tema de novela é uma das seções mais bem recebidas do blog – muito interessante constatar que os telemaníacos (eu sou um com louvor) tem um grande espaço aqui na nossa revista musical.
Então, porque não aproveitar o gancho de nossa artista do mês e fazer o mesmo, dessa vez com dez momentos de Zélia Duncan no mundo das novelas?

Lista afetiva – e vale bem mais as músicas do que as novelas em si!





1) NÃO VÁ AINDA ("Quem é Você", 1996, Globo)

A música se tornou conhecida na época do disco “Zélia Duncan”, de 94, porém a novela (que tem o argumento inicial de Ivani Ribeiro) é de 1996. Uma das melhores letras de Zélia – direta e melancólica, e instrumental bem simples, porém muito bonito. Pontuou as cenas do casal principal da trama – Maria Luiza (Elizabeth Savalla) e Afonso (Alexandre Borges) e abria o disco nacional.

2) ENQUANTO DURMO ("Salsa & Merengue", 1996, Globo)


Também de 1996, mas essa consta no álbum “Intimidade”, onde abre o disco com um barulho de trovão seguido do violãozinho bem dedilhado que é bem característico dessa fase “folk” de Zélia. A deliciosa e até polêmica música (“nas minhas costas largas que afagas enquanto durmo), era da personagem Teodora (Débora Bloch), e combinava demais com a personagem!

"Percebo até mas desaconselho..espero a chuva cair..."


3) CATEDRAL ("A Próxima Vítima", 1995, Globo e "Confissões de Adolescente, 1995, Bandeirantes)


Sem dúvidas, a mais conhecida inserção de dona Duncan no mundo das novelas. A própria confessou que, certa vez, encontrou Viviane Pasmanter (Irene, personagem cuja música era tema) e disse-lhe que nunca torceu tanto pra uma personagem reatar logo com o namorado só pra música tocar nas cenas (risos). Inegável constatar que “A Próxima Vítima” ajudou e muito a projeção de Zélia pro resto do país!
Também foi tema do seriado adolescente "Confissões de Adolescente", de 1995!

"O deserto que atravessei...ninguém me viu passar...estranha e só, nem pude ver..que o tempo é maior...olhei pra mim..."

4) ALMA ("O Clone", de 2001 e "Caminho das Índias", de 2009. Globo)


A música do disco “Sortimento” era uma das mais agradáveis da trilha nacional de “O Clone”, sendo tema de Clarice (Cissa Guimarães). A mesma música, contudo, apareceu em outra novela de Glória Perez, “Caminho das índias”, onde sublinhava as cenas de Melissa Cadore (Cristiane Torloni). Particularmente, achei muito desnecessário ressuscitar a canção noutra novela, o que só ajudou as já várias comparações que os telespectadores fizeram entre as duas tramas.

"Alma, daqui do lado de fora, nenhuma forma de trauma sobrevive"

5) ME REVELAR ("Um Anjo Caiu do Céu, 2001, Globo)

A música era tema dos personagens de Patrícia Pillar e Marcello Anthony. No entanto, não tinha absolutamente nada a ver com o universo dos personagens, visto que a letra versava, de forma muito íntima, sobre as auto-revelações do indivíduo. É mais um caso de tema que pontuou personagens apenas pelo seu instrumental..

"Tudo aqui quer me revelar...unhas roídas, ausências, visitas, flores na sala de estar"


6) VERBOS SUJEITOS ("Labirinto", de 1998, e "Malhação", de 1999. Globo)

A magnífica letra da primeira música de trabalho do disco “Acesso” (1998) integrou a trilha da minissérie “Labirinto”, de Gilberto Braga, sendo tema da perua Yoyô (Isabela Garcia). Também apareceu na fase 99 de Malhação, quando estreava o Colégio Múltipla Escolha. Toda vez que o rifle da guitarra surgia na soap opera, sabíamos que era cena da personagem de Carolina Abranches, “Marilu”, que era fascinada pelo professor Vitor (Licurgo Spinola).

"Silêncio pra te convencer. Música pra te alcançar. Refrão pra enternecer. E agora só falta você!"

7) CARNE E OSSO ("Se7e Pecados",2007, Globo)

Carne e Osso”, parceria de Zélia com Paulinho Moska, foi tema de abertura de “Se7e Pecados”. O curioso é que a música chegou à novela com uma ajudinha da própria Zélia, que cutucou a amiga Cláudia Jimenez pra dar uma força junto a Jorge Fernando, que ouviu a música e achou que tinha tudo a ver com a proposta da trama. De fato: essa música parece ter sido feita especialmente pra novela – prática que era muito comum em décadas anteriores.

"Alegria do pecado às vezes toma conta de mim. E é tão bom não ser divina..."

8) DOR ELEGANTE ("Belíssima", 2005, Globo)


A genial letra de Itamar Assumpção ganhou um belo arranjo no formato de “Reggae” e entrou pra (excelente) trilha sonora nacional de “Belíssima”, de Sílvio de Abreu. Pena que a música era tema do personagem banana de Leopoldo Pacheco (Cemil).

"Um homem com uma dor é muito mais elegante. Caminha assim de lado...como se chegando atrasado, andasse mais adiante..."



9) DIZ NOS MEUS OLHOS (INCLEMÊNCIA)("Alma Gêmea", 2005, Globo)


Assim como as duas músicas acima, “Diz nos Meus Olhos” é do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”. A música caiu como uma luva pro clima de época da novela “Alma Gêmea”, onde era tema da vilãzona Cristina (Flávia Alessandra). Convenhamos: bem mais interessante que o excesso de sacarina da música da Fábio Junior, que tocava na abertura e nas cenas da “mocinha” Serena (Priscila Fantin).

"Pensei que haveria um pouco mais de amor para mim. Guardei cada luar, cada verso encoberto nas notas da canção"


10) TUDO SOBRE VOCÊ ("Tempos Modernos", 2010, Globo)


Passa longe de ser a melhor das novelas (ou melhor: é a novela mais horrível que eu já vi na vida!), mas “Tudo Sobre Você” é tão fofinha que parece que foi feita pra ser tema de personagem. No caso, da apagadinha Nara (Priscila Fantin).



"Não sei se eu saberia chegar até o final do dia sem você"



CURIOSIDADES/ MENÇÕES HONROSAS

Carne e Osso
não foi o único tema de abertura de Zélia Duncan. A música "Se Tiver" abria a série "Avassaladoras" (Rede Record, 2006), oriunda do filme de mesmo nome e onde a música também figurava.

A primeira música de Zélia Duncan a aparecer numa produção televisiva foi "Super-Homem, a Canção', letra de Gilberto Gil e integrante do disco "Zélia Cristina", em 1990. A produção foi a série "Delegacia de Mulheres".

Um grande tema de Zélia na tevê foi "Nos Lençóis Desse Reggae", que integrava a primeira trilha do seriado "Confissões de Adolescente", na Bandeirantes. A segunda trilha trazia "Catedral".

A bela "Às Vezes Nunca", do disco "Acesso" (1998) já foi tema de novela, mas na voz de Verônica Sabino, um ano antes (Por Amor, de Manoel Carlos) A música era tema da vilã Laura (Viviane Pasmanter).

Menções honrosas também para "Toda Vez" (Torre de Babel, tema do personagem de Vitor Fasano), "Eu Me Acerto" (Coração de Estudante, tema de Clara - Helena Ranaldi) e "Quando Esse Nego Chega", tema de locação de "Ciranda de Pedra", do disco "Eu Me Transformo em Outras".

Falando desse disco, foi dele que saiu o tema do Barão (Raul Cortez) de "Senhora do Destino": "Dream A Little Dream Of Me", regravação do clássico eternizado por Ella Fitzgerald. (correção feita por Eduardo Secco)

Além de Alma, a novela O Clone (recordista em quantidade de trilhas lançadas) trazia "1800 Colinas", parceria de Zélia com Beth Carvalho, como tema do Bar de Dona Jura (Solange Couto).

Mais parcerias nas novelas: "Você Vai Ver', com Pedro Mariano, tema de "Sabor da Paixão", e "Boas Razões", com Fernanda Takai, que tocou em "Cinquentinha".

Nos seriados, tivemos Zélia ainda em "Mulher' (Código de Acesso, integrante da segunda trilha) e em "Chiquinha Gonzaga", onde vários artistas brasileiros davam "canjas" cantando o repertório da personagem título. Zélia canta "Santa"

(Apontada por Fábio Leonardo e Marcelo Ramos) 'Jura Secreta", de autoria de Sueli Costa, gravada por Zélia, foi tema de Paco (Reynaldo Gianecchini) e Preta (Tais Araújo) na novela "Da Cor do Pecado" em 2004. A faixa acabou entrando pro disco "Eu Me Transformo em Outras" como bônus. A mesma música foi tema de abertura da novela das 18h "Memórias do Amor", mas com Simone. No show "Amigo é Casa", Zélia e Simone homenageiam a canção cantando juntas!

Por fim, a inserção mais recente de nossa cantora foi na trilha da versão 2010 de Tititi, regravando o clássico "Decadance Avec Elegance"!


Ufa! Fãs da moça, mais alguma coisa? Digam-me!


Fonte das imagens: Teledramaturgia (Nilson Xavier)/Google
Fonte do vídeo: Miguel Cremonesi
Texto: Thiago Henrick



************************************

NÃO VÁ AINDA
Christiaan Oyens/Zélia Duncan

O que você quer?
O que você sabe?
Não é fácil pra mim
Meu fogo também me arde
Às vezes
Me vejo tão triste...

Onde você vai?
Não é tão simples assim
Porque às vezes
Meu coração não responde
Só se esconde e dói...

Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...

Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será!
Que você nem quer perceber?
Talvez você
Seja feliz sem saber...

Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda
...



TH - Emblemática...



terça-feira, 23 de novembro de 2010

OS MUTANTES COM ZÉLIA DUNCAN: REFLEXÃO SOBRE A DESFEITA UNIÃO


Zélia: "Foi a maior aventura da minha vida"


Primeiro vamos falar dos Mutantes. Não são aqueles lá da (grotesca) trilogia-novelística da Rede Record. Trata-se da melhor banda de rock nacional - reinventiva e surtada, reconhecida e devotada por muita gente de fora como Kurt Cobain, Beck e David Bowie. Começaram na década de 60 e sua formação original contava com Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Sua música misturava diversos ritmos brasileiros ao rock e possuia um apelo mundial, conferindo também um puta serviço ao movimento musical da Tropicália. Hinos como "Top Top", "Fuga nº II", "Ando Meio Desligado", "Panis Et Circenses" grudavam, ironicamente por serem totalmente anti-comerciais e pregarem antes de qualquer coisa o serviço necessário ao rock no país. Num dado momento, Rita se revoltou contra o caminho que as coisas tavam indo e saiu (ou foi demitida, nunca se sabe ao certo) e a banda continuou, até anunciar sua dissolução oficial ainda na década de 70.
2006: num evento em Londres dedicado à Tropicália, o quarteto Gal Costa, Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil confirmaram presença. Choveram, então, na mídia boatos de que os Mutantes voltariam e inundaram hipóteses sobre quem substituiria Rita Lee, que não topou o regresso: "Parecem um bando de velhinhos querendo garantir a aposentadoria". Liminha, produtor e responsável por grande parte do sucesso da antiga formação, também não quis. Sérgio conheceu Zélia Duncan em certa ocasião e fez o convite por telefone: "Ela parecia realmente ser uma de nós, uma mutante convicta." Zélia, hesitante, ligou pra amiga Rita Lee e só então aceitou participar, consagrando o então retorno da banda.
Os fãs, claro, se dividiram. A alegria pela volta do grupo repartiu opiniões de quem achava que seria o mico musical do milênio, ainda mais com uma cantora de voz cheia de testosterona e completamente diferente da de Rita. "A Zélia não quer nem precisa ser a Rita. Ela vai doar um pouco do seu universo pra gente na participação e isso basta"
Ficaram juntos por um ano. Além do festejado show em Londres (que rendeu um DVD), voltaram ao Brasil e fizeram grandes shows em terras tupiniquins. Um deles, este que vos fala teve o prazer de contemplar, que foi no festejado Abril Pro Rock, de 2007, em Recife.
Então começaram os problemas. Zélia já havia deixado claro que não abandonaria sua (sólida) carreira solo, apesar de proclamar com alegria em seus shows que era uma mutante com orgulho. Lembro do mico que foi, num Altas Horas com os Mutantes, que pediram pra Zélia cantar "Catedral" no meio de uma apresentação da banda (...)
Como se concluisse um ciclo, Zélia deixou a banda e isso fez com que seu ex companheiro Sérgio Dias disparasse à imprensa: "Apressei-me em julgá-la como mutante. Ela parecia tanto sê-lo. A Zélia está mais para um "transformer"". Zélia evitou comentar sobre as declarações, mas ainda assim disparou: "Parece que quem dá esse título é a rainha da Inglaterra. Quem é menos mutante é ele (Sérgio), que fica naquele mesmo lugar". Sérgio tentou desfazer o mal entendido na imprensa, mas parecia já ser tarde...
Diferenças entre os membros à parte, vamos refletir um pouco: foi válida essa participação de Zélia nos Mutantes? Fez bem à carreira dela e somou alguma coisa à veterana banda?
Quando a notícia apareceu, minha primeira reação foi a de alegria: "Putz, minha cantora favorita, cantando na minha banda de rock preferida. Que máximo!!" Vi na TV o desempenho de Zélia com eles e tudo o que consegui pensar foi que a cantora trouxe uma dignidade gritante à banda - talvez isso pode ter, num futuro momento, soado como um defeito grave, visto que arranhou um pouco a anarquia que tanto foi marca característica de Arnaldo e Sérgio. Para a carreira de Zélia, da mesma forma, houve aspectos negativos. A cantora foi taxada de oportunista e de exagero na dose midiática. Em entrevista para o site "Música do Brasil", ela comenta o fato:

"Eu não acho que exagerei não, foi como eu quis, queria passar por isso. Era um risco tão grande que até acredito que saí ilesa. No sentido artístico foi ótimo para mim. Claro que tinha gente que queria me matar porque entrei nos Mutantes, mas sempre tem gente querendo matar outras por algum motivo. Eu tive momentos de extrema alegria com os Mutantes. O show de Londres foi maravilhoso, o show de São Paulo no Monumento do Ipiranga foi histórico, teve um em Porto Alegre que foi uma loucura, fizemos ainda um show em San Francisco, incrível. Então, eu tive a oportunidade de estar no palco com aqueles caras, e vivendo o rock'n'roll já com uma carreira solo, um privilégio para mim. Mas tinha de ter saído mesmo na hora que eu saí. Se eu tinha que ter entrado? Ah, tinha. Em relação a mim mesma, sim. E para a banda foi muito importante ali naquele momento. Eles precisavam de alguém, e algumas pessoas não tinham dado certo. E quando Sérgio me conheceu, foi fulminante. Entrei numas, liguei para a Rita, ela deu força, e falei, 'cara, vou viver isso, dane-se'. Mas a segunda turnê para a Europa foi heavy. Se não fosse, eu continuaria mais um pouco só. Eu não precisava ter saído de repente. Mas eu sou uma mulher de 44 anos (na época). Chegar, por exemplo, no aeroporto de Lisboa, não ter nenhum carregador e 50 volumes para todo mundo carregar. Desculpa, não vou fazer. Não vou, mentira, porque na hora eu fiz. Eu gosto de rock'n'roll, mas da música."

Fiquemos, então, com a reflexão, e um registro da parceria que com certeza entrará para a história do rock brasileiro!



A trupe que poderia ter dado (mais) certo (ainda)



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FUGA N. II
Os Mutantes. Participação especial: Zélia Duncan

Hoje eu vou fugir de casa
Vou levar a mala cheia de ilusão
Vou deixar alguma coisa velha
Esparramada toda pelo chão
Vou correr no automóvel enorme e forte
A sorte a morte a esperar
Vultos altos e baixos
Que me assustavam só em olhar

Pra onde eu vou, ah
Pra onde eu vou, venha também
Pra onde eu vou, venha também
Pra onde eu vou

Faróis altos e baixos que me fotografam
A me procurar
Dois olhos de mercúrio iluminam meus passos
A me espionar
O sinal está vermelho e os carros vão passando
E eu ando, ando, ando...Minha roupa atravessa e me leva pela mão
Do chão, do chão, do chão...


TH - Eu AMO essa...seja com Rita ou com Zélia!



sábado, 20 de novembro de 2010

AMIGO MUSICAL CONVIDADO #18 - Ale Moura


Saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.

Descreve tantos sentimentos....perda, distância, amor, nostalgia por tempos que não voltam, por pessoas que não estão mais no nosso mundo ou se encontram distantes de nosso convívio diário. Dói. É um sentimento que dói pra caramba, nem que seja de uma cidade antiga que de alguma forma fez parte de nossa saga.
A dor nos corta de forma bem cruel às vezes. Então a saudade se torna parceira mais fiel da melancolia e pega mesmo no nosso pé, até a eliminarmos de alguma forma: matando-a quando possível ou nos conformando.
Minha relação com a tem muito disso. Eu sinto muita falta de momentos que “não vivemos”. Difícil de entender? O fato é que entre minha mana e eu sempre houve muito mais “vontade” de viver junto do que isso realmente aconteceu. Tivemos fases mais próximas, experimentamos por um curto tempo o convívio cotidiano e junto mas, infelizmente, os acontecimentos e as pessoas nos fizeram passar a maior parte de nossas vidas distantes. Mas ainda assim vivo sentindo falta!
Talvez por isso não me seja custoso dizer que a amo com tanta dificuldade como (não) faço com parentes mais próximos. A gente não deveria ser assim – é reconfortante dizer pra quem se ama o quanto se ama e isso faz um bem enorme. Por mais que atitudes falem mais do que palavras, estas são bem vindas a qualquer tempo e circunstância...
Voltando à protagonista carioca da seção de hoje, a verve musical sem dúvidas é o elemento que mais nos une e hoje, dia de seu aniversário, trago-a para dar sua (ótima) dica aos leitores do EnTHulho Musical. Recomendo de olhos fechados e morrendo de vontade de dar um dos maiores calorosos abraços de saudade nela :´(
FELIZ ANIVERSÁRIO!!

P.s.: Ela não topou aparecer na foto sozinha ou colocar seu nome completo. É cheia de reservas com o mundo virtual, como outros amigos que já passaram por essa seção. O vídeo abaixo da música foi criado especialmente para a música por Dan MCphee, o "Menino Cheio de Imaginação", dono do http://www.alfarrabiodomeucoracao.blogspot.com/ . Mais um adepto da discrição da internet! =p




Brincadeira com a letra da música



Responder uma pergunta como essa foi desafiador.
Apontar uma música que me marcou a vida é sinônimo de liquidificar todos os meus momentos. São tantas músicas, artistas e emoções vivida em cada fase que eleger apenas um representante se torna impossível. E isso se agrava por eu ter uma relação sublime com poesias musicais desde pequenininha...
Eu poderia citar as mais belas letras e melodias de Toquinho e Vinícius, dupla imbatível na vivência de tantos admiradores de boa música. Poderia escolher a atitude e rebeldia de Cazuza, aquele típico ídolo de se ter posters ou colecionar fotos, sem nem ter assimilado a importância que seu comportamento inquieto teve pra desbancar o sistema (eu era uma pirralha e estava mesmo era apaixonada por ele! Rssss). Ou ainda relembrar de sucessos fofinhos de Kid Abelha, que embalaram as primeiras batidas mais fortes de meu coração por alguém...talvez mencionasse inclusive Gil e Caetano, que aprendi a amar com louvor graças aos adultos com quem quando criança mais sempre conversava, até do que com outros de minha idade.
Mas, quer saber? Memória musical que marca mesmo é a infantil e quando me recordo de bons momentos, eu sempre busco na “telinha interior” todas as cantigas que costumava ouvir quando pequena. Dentre elas, uma me fazia sambar de verdade!!! Samba lelê é acertadamente a música que mais me marcou, em qualquer versão. O curioso é que passei um boooooooom tempo “brincando de adulta” que simplesmente esqueci-me da existência da canção. Ao assistir um show do Zé Renato, ele começou a cantá-la e senti um verdadeiro “arrepio” de nostalgia. Acompanhando com o pezinho e delirando de emoção. Acho que o conceito de “música que nos marcou” é algo próximo disso!
Samba lelê é uma cantiga bonita, despreocupada e feliz. Uma verdadeira criança que quer brincar de roda. Que os pequenos de hoje sintam essa energia contagiante e batam palma junto, aplaudindo a melhor fase de suas vidas!

ALÊ MOURA



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SAMBA LELÊ
Cantiga popular. Versão: Zé Renato

Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
É de uma boa lambada

Samba, samba, samba ô Lelê
Samba, samba, samba ô lalá
Samba, Samba, Samba ô lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá!


TH - Recordar é mesmo viver!


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

INTERNACIONAL ESPECIALMENTE CONVIDADA: VIOLETA PARRA!

A poetisa chilena nos brinda com "verdades musicadas" de alcance mundial!


E eis que, como sabem, o EnTHulho é um blog de música brasileira em sua essência. De todos os tipos, todos os estilos (ops...pagode ainda não...rs) e com os mais variados artistas brazucas. No entanto, volta e meia trago aqui alguns artistas internacionais que, de certa forma, tem a ver com o universo nosso, seja nas afinidades, seja nas composições gravadas ou parcerias realizadas. Foi assim com Nuno Mindellis, Madredeus...a comunicabilidade da nossa música com as demais do mundo é espetacular.
Nesse meio, trouxe hoje algumas considerações sobre a poetisa chilena Violeta Del Carmen Parra Sandoval, ou simplesmente Violeta Parra. Decidi falar dela por ter revisto, no youtube, um vídeo de Milton Nascimento, em dueto com Mercedes Sosa (que já teve a merecida homenagem também aqui no EnTHulho), cantando a belíssima canção Volver a Los 17, de autoria de Violeta.

Abaixo, uma breve biografia da chilena, baseada no texto do Wikipedia Brasil:


"Nasceu em San Carlos, província de Ñuble. Realizou seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidata, a partir dos 9 anos. Em 1938, casou-se pela primeira vez e dessa união, teve dois filhos, Isabel e Ángel, que também viriam a se tornar compositores e intérpretes importantes. Viveu em Valparaíso entre 1943 e 1945, e voltou a Santiago, para cantar junto com seus filhos. Em 1949 voltou a se casar e teve duas filhas dessa nova união. Em 1952 começou a pesquisar as raízes folclóricas chilenas e compôs os primeiros temas musicais que a fariam famosa. Em 1954, quando já tinha o seu próprio programa de rádio, começou um rigoroso estudo das manifestações artísticas populares. Durante o ano de 1955 visitou a União Soviética, Londres e Paris, cidade onde residiu por dois anos. Realizou gravações para a BBC e os selos Odeón e "Chant du Monde". Em 1957 radicou-se em Concepción, voltando a Santiago no ano seguinte para começar sua produção plástica. Percorreu todo o país, recompilando e difundindo informações sobre o folclore. Em 1961, mudou-se para a Argentina, onde fez grande sucesso com suas apresentações. Voltou a Paris e ali permaneceu por três anos, percorrendo várias cidades da Europa, destacando-se suas visitas a Genebra. Em 1965 voltou ao Chile, viajou para a Bolívia e, ao regressar a seu país, instalou uma grande tenda na comuna de La Reina, com o plano de convertê-la em um centro de referência para a cultura folclórica do Chile, juntamente com os filhos, Ángel e Isabel, e os folcloristas Patricio Manns, Rolando Alarcón e Víctor Jara, entre outros. No entanto, a iniciativa não obteve sucesso. Emocionalmente abatida pelo fracasso do empreendimento e pelo dramático final de um relacionamento amoroso, Violeta Parra suicidou-se em 5 de fevereiro de 1967, na tenda de La Reina."

COMENTÁRIO DE TH: Falando agora de sua obra, numa breve pesquisa musical que fiz (compreendendo fazer downloads de alguns sucessos seus), notei que grande parte de seu repertório, semelhante ao de Mercedes Sosa, destina-se a fazer duras críticas sociais contra injustiças - alguns indo até o fundo da alma dilacerada dos oprimidos ("Rin de Angelito", por exemplo, narra a morte de um bebê miserável)...Pode-se dizer que ela deu voz aos mais fracos em inúmeros momentos, e que criou com efeito a música popular folclórica chilena - de alcance mundial. No entanto, resta também espaço para dizer através da música suas lamúrias do coração, com verdadeiras poesias musicadas.
Aqui no Brasil, Elis Regina gravou a antológica "Gracias a La Vida". Acredito este ter sido meu primeiro contato com Violeta. Num projeto em Curitiba, no ano de 2005, fiquei encantado ao ver (pela internet, lógico), a atriz Letícia Sabatella (de quem sou grande fã), entoando seu belo timbre para cantar um sucesso da artista e, por fim, temos o já mencionado dueto com as vozes celestiais de Milton e Mercedes, cuja letra vem a seguir.



Violeta: alma melancólica e atormentada a fez cometer suicídio em 1967



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VOLVER A LOS DIECISIETE
Violeta Parra. Milton Nascimento e Mercedes Sosa

Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza
El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.



TH - Justíssima homenagem!


*O primeiro vídeo mostra a parceria de Milton e Mercedes, no Fantástico, em 1976. No segundo, a gravação de Violeta.






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MÚSICA MEMÓRIA AFETIVA: SANTO DE CASA FAZ MILAGRE SIM!


Essa seção do EnTHulho, como sabem, é um verdadeiro bálsamo: utilizo a música pra me teletransportar pra inúmeros THs outros - o criança, o adolescente, o reticente, o confiante, o romântico, o melancólico...
Milagreiro - o disco - me remete muito ao início da minha faculdade. Essa obra prima de Djavan é um dos melhores discos de MPB da década de 2000. Milagreiro - a música - conta com a participação especialíssima de Cássia Eller, ironicamente naquele ano que morreu (2001). A canção me soou bem mais melancólica do que é pois eu era um fã de Cássia e estava de luto por todo aquele período (que as rádios marqueteiramente jorravam hits de Cássia incansadamente) Djavan criou uma letra baseada em literatura de cordel que contou com a voz de Thor da nossa eterna "malandra", fazendo um interessante contraponto com a suave do alagoano.
O salto aqui foi direto ao tempo de TH recém adulto e recém órfão de Cássia, numa música que o enche de emoção a cada audição...adoraria ver um registro de ambos, ao vivo, e testemunhar a carga emotiva que costumeiramente fazem (ou no caso dela, infelizmente, fazia) em suas apresentações...


O disco e Cássia: literatura de cordel e clima melancólico bem defendido por suas vozes!



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MILAGREIRO
Djavan. Djavan e Cássia Eller

Agora vamos ter os girassóis
Do fim do ano
E o calor vem desumano
Tudo irá se expandir
Crescer com as águas
Quiçá, amores nos corações
E um santeiro,
Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
E um santeiro,
Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
Aquela que um dia o fez sonhar
Se foi com o outro
No dia em que os dois
Se casariam por amor
Ele aluou
Hoje o seu pesar
Cintila nos varais
Usou as sete vidas
E não foi feliz jamais
Toda a imensidão
Passou pela vida
E foi cair na solidão
Mais um santo para esculpir é o que lhe vale
Pra evitar que o rancor suas ervas espalhe



TH - Suspiro saudoso...



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

LISTA: OS PARCEIROS DE ZÉLIA DUNCAN!





Já disse aqui que o carisma e a agradabilidade de Zélia Duncan são grandes trunfos seus – pouco se vê na música brasileira uma artista que consegue manter uma sinergia tão positiva com o público. Fã de Zélia, contudo, não é apenas que vai aos seus shows ou compra seus discos. Seus colegas da música volta e meia dão declarações apaixonadas e acaloradas sobre Ms. Duncan, e bolam alguma desculpa pra chegar e fazer junto alguma coisa. E ela retribui, conseguindo a proeza de ser a cantora com mais participações conjuntas com outros artistas – isso se dá, repito, à facilidade que a moça tem de convergir e deixar o parceiro totalmente à vontade. Hoje, é raro quem ainda não fez parceria com ela – O que a nossa música já teve de rivalidades, compensa com Zélia e sua bela política de “gentilezas musicais”. Seja cantando em dueto, seja gravando composições suas ou oferecendo as suas pra ela, há um elo afetivo-musical invejável quando se trata de Zélia com outras esferas musicais afins.
Logo, elaborar essa lista foi uma tarefa muuuuuito árdua – mas procurei elencar os artistas que mais participam, de uma forma ou de outra, com o universo “Duncan”!

Espero que gostem do resultado!



1) RITA LEE

Rita Lee está em primeiro lugar por uma razão óbvia: Zélia é hoje a cantora que mais se aproxima de seu universo. Há uma facilidade imensa em cantar suas composições – e isso se verifica em hits como “Lá Vou Eu”, ou releituras oportunas como “Pirataria”. O auge da parceria foi mesmo com “Pagu”, música de Rita musicada por Zélia que integrou o álbum 3001, de 2000. Rita retribuiu a gentileza e musicou o rap “Desconforto”, que Zélia gravou junto ao Posse-Mente-Zulu e fez parte do disco “Sortimento” (2001). Quando Zélia integrou os Mutantes, a imprensa e os fãs antigos da banda quiseram rivalizá-las, o que nunca aconteceu. Rita é categórica: “Zélia é uma coisinha fofa né?” . E é retribuída: “Salve a grande rainha Rita Lee”. De qualquer forma, a gravação de “Ambição”, no último disco de Zélia, selaria de vez a “celeuma inventada”.

2) PAULINHO MOSKA


Paulinho tem todos os elos possíveis com Zélia. Dividiram, além do músico Christiaan Oyens, grandes parcerias. Ele já fez músicas que ela gravou. Ele já musicou letras suas e também já fizeram o inverso. Seria tudo tão habitual se não fosse o amor que ambos nutrem mutuamente- evidenciado quando eventualmente conferem “canjas” em shows um do outro. É muito legal ver tamanha camaradagem num mundo artístico tão competitivo e hostil. Hits certeiros: “A Idade do Céu”. “Carne e Osso (tema de abertura de “Se7e Pecados”, atual reprise do Vale a Pena Ver de Novo), “Não”, “Sinto Encanto”...
E, claro: registro a sensível composição que Zélia fez para o filho de Moska, Antônio, hoje com 13 anos - “O Tom do Amor”, que está no último disco do cantor.

3) LENINE

A gente é vizinho não apenas de bairro, somos vizinhos de ideias”. Lenine define, nos extras do DVD “Sortimento Vivo”, o quanto estabelece uma sintonia com a cantora. E começam um show improvisado – ora cantam uma música dela, ora dele, ora de outros – com um entendimento totalmente musical – um acorde apenas do violão pra saberem qual será a próxima música, numa afinidade impressionante. “Lenine é meu vizinho, a gente vive batendo bola. Antes do disco dele sair (Na pressão), ele foi lá em casa com o CDR, eu ouvi com ele. O mesmo aconteceu com o anterior (O Dia em que faremos contato)”.
Juntos, Zélia e Lenine gravaram a canção “Naturalmente”, além de dividirem o vocal de “Bebete Vãobora”, do Jorge Ben Jor (do show especial “Cidade do Samba”); o pout-porri “Certas Coisas/Wave” (Lonas acústico) e foi ele quem fez a brincalhona letra da música-título do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, dela.

4) LUCINA


Fui ver um show na Sala Funarte em Brasília e fiquei muito contente em ouvir uma cantora com uma bela voz grave igual à minha, pois eu já tinha um complexo. E vale registrar que fui completamente ignorada quando fui me apresentar a ela!”. Esse primeiro encontro torto logo a seguir rendeu uma das maiores e mais felizes parcerias musicais. Composição, música, tudo junto. Lucina representa, como própria Zélia afirma, “seu lado hippie’, logo, as canções mais confessionais e intimistas da cantora tem grande contribuição dessa mato-grossense que já tem uma bela carreira solo, infelizmente pouco conhecida na música brasileira. Parcerias das duas: “Coração na Boca”, “Eu Nunca Estava Lá”, “Eu Não Sou Eu”, dentre muitas outras. Destaque pra participação de Zélia no show “+ do que parece”, lançado no ano passado.

5) ITAMAR ASSUMPÇÃO

Meu irmão Afonso ouvia muita coisa em casa que eu sempre adorava, inclusive o Itamar Assumpção. E o meu sonho de consumo era ser backing dele. Então eu comecei a prestar atenção em suas músicas e notei que nelas nada se joga fora. Ele tem uma inteligência sofisticada, o seu jeito de baixista é diferente. A primeira vez que cantei uma música dele foi em 85, e a música foi "Beijo na Boca". E eu dizia quando eu estourei com "Catedral" que quem me inspirava era ele. Adorei quando ele me chamou para cantar” Além desse relato de Zélia a Marcelo Tas, fã que é fã da cantora sabe que desde o disco “Intimidade”, em todos seus trabalhos sempre constam ao menos uma música de Itamar. Ela é bastante fervorosa ao defendê-lo, sobretudo quando taxam-no de “maldito” “Todas as pessoas deveriam ao menos conhecer uma música de Itamar. Pra sempre vou “Itamar” “, encerra.
P.s.: Bela a participação de Anelis Assumpção, filha de Itamar, com Zélia na música “Milágrimas

6) CHRISTIAAN OYENS


Junto a Lucina, é o parceiro de composições mais constante. “meu lado pop”. Inegável o quando ambos funcionavam juntos – Christian foi responsável pelos maiores sucessos radiofônicos de Zélia. “Cateral, Não Vá Ainda”, “Enquanto Durmo”, “Verbos Sujeitos”. “Me Revelar”. O encontro de ambos aconteceu no fim dos anos 80, “num apartamento, perdido na cidade...”. Atualmente em suas carreiras paralelamente, nunca deixaram de demonstrar, um com o outro, o afeto e a gratidão de tantos anos de trabalho conjunto.




7) CÁSSIA ELLER

Amiga dos tempos de Brasília, é curioso perceber que não existe registro ao vivo da reunião das cantoras. Mas a amizade realmente existiu e Zélia não economiza em homenagens reiteradas sempre que pode. Eu lembro que as más línguas disseram que, com a morte da cantora, Zélia estava disposta a ocupar o posto de maior cantora “máscula”, a ponto de até cortar os longos cabelos para soar “Cássia Eller”. Os imbecis detratores esquecem que Zélia nunca quis esse posto e que até já tinha cortado as madeixas bem antes do falecimento de Ms. Eller. No DVD “Sortimento Vivo”, o público simplesmente pára e contempla a sincera e emocionante homenagem que Zélia oferece à amiga com a dobradinha “Por Enquanto” e “Segundo Sol”. Do disco “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, “Mãos Atadas”, canção de Simone Saback, era uma promessa antiga de dueto das duas que, infelizmente, esperaram demais. Já no “Amigo é Casa”, Zélia e Simone mandam uma “Gatas Extraordinárias” certeira, pertinho do fim show, para dedicar à saudosa e moleca cantora.
Por fim, as vozes de Zélia e Cássia se encontram na regravação de “Get Back”, dos Beatles, no póstumo disco da cantora, “10 de Dezembro’, produzido por Nando Reis.


8) TOM ZÉ


Dá vontade de ninar a Zélia. Ela é capaz de cantar qualquer canção como elas merecem ser cantadas. Ela tem a capacidade de viver num leque tão grande e de conviver com tanta gente, com talento de escolha tão fino, solene, generoso. É minha filhinha querida." Tom Zé define Zélia de maneira bem paternal e, como uma boa filha, ela faz de tudo pra orgulhar o “pai”. E o público. A releitura de “”, do disco “Eu Me Transformo em Outras”, é uma das coisas mais lindas e engraçadinhas que Zélia já fez na sua carreira. Destaco também a participação dela no disco “Estudando o pagode”, dele e uma releitura sua pra “Cedotardar”, que canta no show “Pelo Sabor do Gesto”


9) SIMONE

Foi aí que tudo começou”, lança Simone ao terminar de cantar “Então me Diz”, versão que Zélia fez para “The Blower’s Daughter” de Damien Rice, no show “Amigo é Casa”. De fato: em 2005, Zélia participou, junto a Milton Nascimento e Ivan Lins, de um show da cigarra e desde então não se largaram mais. A afinidade foi tanta que despertou um sentimento de uma “amizade que parece ser antiga”. Tão forte que decidiram brindá-la musicalmente com o grande disco “Amigo é Casa”, projeto que prima por músicas mais estilizadas, pouco populares e que resgata Simone dos primórdios e coloca Zélia no mais alto patamar “Cult” de sua carreira. Excursionaram juntas pelo país em 2008, fazendo com que o momento ficasse registrado pra sempre em suas memórias. Inclusive, ontem estiveram no programa “Sem Censura”, e falaram um pouco desse período. Uma sintonia no palco invejável, quase nada ensaiado – só embaladas pela emoção. A música faz dessas ;)

10) FREJAT


Frejat e Zélia já gravaram juntos “Exagerado”, música que acabou sendo promocional pro filme do Cazuza, de 2004 (apesar de não constar na trilha do filme, nem em disco dele ou dela). Frejat também participou de “Mãos Atadas” – ele fora recrutado por Zélia no lugar de Cássia Eller, quem sempre deveria ter gravado a música, e conseguiu dar uma voz “roqueira” a uma melodia quase beirando ao blues. Eu sou a favor de muito mais encontros musicais entre essas duas vozes afins e sintonizadas! :)






MENÇÕES HONROSAS:


HERBERT VIANNA – Cantaram juntos a belíssima “Partir, Andar” que fez parte do disco “O Som do Sim”. Zélia a pôs no “Sortimento”, mesmo preocupada que a julgassem por ‘oportunismo”, já que Herbert havia sofrido o acidente naquele período.

HAMILTON DE HOLLANDA e demais músicos do “Eu Me Transformo em Outras"

NANÁ VASCONCELLOS (grande sintonia de ambos, evidenciada também agora com a participação no show da banda “Isca de Polícia”)

PATO FU (John, que havia feito “Todos os dias”, produziu o disco “Pelo Sabor do Gesto”, que conta com a participação vocal de Fernanda Takai)

POSSE-MENTE ZULU (No rap “Desconforto")

MUTANTES (pauta da próxima matéria da cantora no EnTHulho)

ISABELA TAVIANI (A bela “Arranjo” é das duas, e Zélia participa do show de Isabela também)

LULU SANTOS (O perfeito samba “Quisera eu” é de autoria, pasmem, do rei do pop brasileiro)

CHICO CÉSAR (E aí, amizade? Esporte Fino Confortável é dele)

NANDO REIS (Escreveu a faixa titulo do disco “Sortimento”)

ZÉ RAMALHO (A ótima “Porta de Luz”, é um dueto dos dois)

BETH CARVALHO (Zélia sempre teve um pezinho no samba. A festejada música com Beth Carvalho que o diga)

PEDRO MARIANO (Canta com Zélia a linda "Você Vai Ver")

MARTINÁLIA (A sambista lançou uma bela balada com a niteroiense, “Benditas”, além de serem bem amigas).

FRED MARTINS (Flores, quantas flores forem necessárias... Fred Martins foi uma das mais gratas descobertas de Zélia)

PEPEU GOMES E ARNALDO ANTUNES (Autores de "Alma", um dos seus maiores hits)

MARIA BETHÂNIA (Para quem não lembrava, as duas já fizeram um dueto cantando “Baila Comigo” de Rita Lee, e “Shangri-lá”)

ZECA BALEIRO (Zélia vem estabelecendo uma grande conexão com o maranhense, que já vem rendendo grandes frutos, como a ótima "Se Um Dia Me Quiseres")

NUNO MINDELLIS (O cantor angolano já cantou “Gosto do Jeito” com Zélia)

CAPITAL INICIAL (Zélia participou do acústico MTV deles, cantando a bela “Eu Vou Estar”)

ED MOTTA (“Meu grande parceiro”, reverencia Zélia. Ela assina várias composições de discos dele, como “Mentiras Fáceis, “ À Deriva” e “Quem pode se surpreender”. )

MARINA LIMA (Marina deu um verdadeiro instrumental pra letra de "Tempestade". Eu confesso que gostei mais da releitura de Marina- a poderosa letra merecia uma melodia e ambientação bem melhor e foi o que a cantora conseguiu. Zélia canta ainda, junto a Simone, a magnífica "Grávida", do disco Marina Lima de 1991).

FITO PAEZ (O roqueiro argentino ficou encantado com o trabalho de Zélia e a chamou para cantar em seu show. Ela dueta “Furioso Petalo de Sol”.

ROBERTO CARLOS – Só uma notinha final: no show do “Pelo Sabor do Gesto”, Zélia homenageia os 50 anos do Rei cantando a quase desconhecida “I Love You” e desfere um leve desabafo “Eu não fui convidada ao castelo do rei (refere-se ao show “Elas cantam Roberto”), mas, quer saber? Aqui eu posso cantar a música que eu quiser e quantas vezes quiser"


Faltou mais alguma? É claro que sim. São inúmeras parcerias. Que tal me ajudarem?


********************************************

PAGU
Zélia Duncan e Rita Lee

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...

Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem

Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria Ninguém
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima

Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...
Ratatá! Ratatá! Ratatá!
Taratá! Taratá!...


TH - Um cansado porém satisfeito UFA!!!



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