sábado, 28 de fevereiro de 2015

ÚLTIMA FAIXA: Balas esquerdopatas! (Crônica)



[Ler ao som de "Mamãe Oxum"]


E lá se vai o bonde do Baleiro, que nos pontuou durante todo esse mês de Fevereiro aqui no EnTHulho! Nos deixou mais inteligentes também, porque não dizer?

Das 4 matérias programadas, infelizmente só 3 (com essa) foram ao ar. O motivo é que contava com um texto de uma fã do rapaz, mas que por motivos até alheios à sua vontade, não chegou até mim. Paciência. Não chorem! Baleiro terá sempre lugar cativo aqui no EnTHulho! Inclusive, ele estará amanhã de novo, por aqui, no TopTulho!

O que aprendi sobre Zeca Baleiro esse mês? Não sei se sabem, mas sempre que elejo um Artista do Mês, uma de minhas "tarefas pessoais" é passear com o dito cujo no meu MP3 ao longo desses 30 dias, pra "sentir a atmosfera" que ele representa e nos passa. 

Refaço aqui a minha impressão do post inaugural de Zeca Baleiro nesse Fevereiro: ele é aquele professor universitário comunista, com ideias geniais, engajado nas causas mais importantes e de interesse coletivo, com uma mente brilhante, que é constantemente aclamando por todos por ser genuinamente comunicativo e inteligente. Associando música e política (que são, acreditem, bem mais interligadas do que se imagina), Zeca é petista, mas aquele petista na sua essência, incorruptível e que, mesmo em momentos mais capitalistas (tá aí "Ai Que Saudade D' Ocê" bombando na novela), o faz com verdade e pureza, reafirmando, assim, seu talento e a alcançando uma gama infinita de admiradores. 

Como toda Esquerda, tem seus inimigos de Direita, exatamente aqueles mais reacionários e revoltadinhos. Ou por acaso não se lembram o triste episódio de seu "desentendimento" com Luciano Huck, que reagiu mal a uma crítica sua (que eu nem me recordo qual foi, pra lhes ser bastante sincero). A resposta do "Tucano Huck" foi a mais infantil possível "se você fizesse sucesso, estaria no meu programa". Zeca limitou-se a não responder, ganhando, assim, mais ainda a minha admiração. 

Reafirmo: música e política são instrumentos afins. Há Chicos e Baleiros de um lado esquerdo. Há Anittas e Luans do outro. A diferença é que, como é a mais sentimental das artes, as "balas perdidas" de defesa dos cantores são as canções. Quando mais criativas, maiores são seus efeitos. E as balas do Zeca são certeiras e contundentes. Como há muito não se via na música brasileira. 

Balas de sentimentos. Balas literárias. Balas poéticas. Balas para todos os gostos!


THIAGO HENRICK

domingo, 22 de fevereiro de 2015

TOPTULHO MUSICAL # 12


Gratas surpresas acontecem nessa 12ª edição do TopTulho Musical, a última de Fevereiro. Aos poucos o ano vai mostrando a que veio, e as músicas de MPB/Pop Rock/Samba vão aparecendo. Nessa semana, houve grandes novidades desses estilos nas paradas da Billboard Brasileira e na Rádio MPB FM, o que quer dizer que logo logo essas músicas também estrearão por aqui. 

Houve muita movimentação nesse TopTulho: todas as músicas (exceto "Fé", da Rita Beneditto), mudaram de posição em relação à semana passada. 

Temos 3 estreias. 2 delas de artistas que lideraram bandas de rock nos Anos 80 e que aparecem em carreira solo (Paula Toller e Humberto Gessingher, líderes do Kid Abelha e dos Engenheiros do Hawaii, respectivamente). Outro artista que também teve seu auge nos 80's completa o time de músicas estreantes: Lulu Santos. Ele estava com outra música aqui no TopTulho há poucas semanas ("Condição", em parceria com Preta Gil), e hoje retorna com "Luís Maurício"

Para dar lugar a essas três estreias, três músicas nos deixaram. A parceria de Gabriel Moura com Milton Nascimento ("O Certo"), a parceria de Nando Reis e Marisa Monte ("Pra Quem Não Vem") e a banda Malta, com "Diz Pra Mim" (D E U S E X I S T E). 

Com a saída de Malta, apenas "Ai Que Saudade D'Ocê", do nosso artista do mês Zeca Baleiro, firma-se como a única música que esteve em todas as edições do TopTulho até hoje. Inclusive, recupera uma posição, aparecendo em lugar. 

Jota Quest assume a liderança, desbancando Mart'nalia. Diogo Nogueira (em parceria com Hamilton de Holanda), leva um baque homérico de sete posições, ficando em 19º lugar com "Salamandra". E a grata surpresa está na ascensão meteórica de Casuarina, que chega ao podium subindo seis posições com "A Vizinha Do Lado". Deu pra perceber que essa semana foi imperdível, né?

Vejamos como ficou:

1) JOTAQUEST - Dentro De Um Abraço (+2)
2) MART'NÁLIA - Peço a Deus (-1)
3) CASUARINA - A Vizinha Do Lado (+6)
4) ARLINDO CRUZ - Não Penso Em Mais Nada (-2)
5) ADRIANA CALCANHOTTO - E Sendo Amor (-1)
6) ZECA BALEIRO E ZÉLIA DUNCAN - Fox Baiano (-1)

7) ZECA BALEIRO - Ai Que Saudade D' Ocê (+1)
8) SKANK - Esquecimento (+2)
9) SURICATO - Diante De Qualquer Nariz (+2)

10) MARIA RITA - Mainha Me Ensinou (-4)
11) VANESSA DA MATA - Ninguém É Igual A Ninguém (-4)

12) CLÁUDIO ZOLI - Amar e Amanhecer (+1)
13) FERNANDA TAKAI E SAMUEL ROSA - Pra Curar Essa Dor (Heal The Pain) (+1)
14) ALICE CAYMMI - Como Vês (+2)

15) PAULA TOLLER - Transbordada (ESTREIA)
16) SIMONINHA E JOÃO SABIÁ - Meninas Do Leblon (-1)
17) HUMBERTO GESSINGHER - Nuvem (ESTREIA)
18) LULU SANTOS - Luís Maurício (ESTREIA)

19) DIOGO NOGUEIRA E HAMILTON DE HOLANDA - Salamandra (-7)
20) RITA BENEDITTO - Fé (=)

Saíram:

GABRIEL MOURA E MILTON NASCIMENTO - O Certo (7 SEMANAS)
NANDO REIS E MARISA MONTE - Pra Quem Não Vem (7 SEMANAS)
MALTA - Diz Pra Mim (11 SEMANAS)


Semana passada falamos do Jota Quest. Nesta, chegou a vez de falarmos de outros mineiros: a trupe do Skank, outra banda muito bem sucedida dos Anos 90, sobrevivendo bem à crise que o rock nacional vem sofrendo nos dias de hoje. 

O Skank é bem inventivo, e já passou por diversas fases e estilos durante sua trajetória, sem perder, contudo, a identidade. Ponto para Samuel Rosa e sua equipe, que souberam conduzir o percurso do grupo com inteligência. Houve a fase reggae, a fase balada Beatles, a fase roqueira, o pop deslavado e muito mais, sempre em discos bem produzidos e assobiáveis. 

Hoje, eles aparecem nas paradas de todas as rádios com essa bela balada, faixa do disco "Velocia" (2014), que nos remete muito aos tempos áureos de "Resposta" (1998). Inclusive, hoje subiu mais duas posições. E você, o que acha de "Esquecimento"?



Mais um raro grupo que representa (com talento) o rock nacional hoje em dia. 


ESQUECIMENTO
Samuel Rosa. Skank

Enquanto você para e espera
Eu ando, invado
Eu abro a porta e entro

Enquanto você cala quieta
Eu brigo, eu falo
Eu berro, eu enfrento

No canto dessa sala emperra
Eu ligo, acerto, eu erro
E eu tento

Enquanto você fala espera
Aflito eu fico e digo
Eu não entendo

Não sei por que você
Insiste em demorar
Eu quero que você
Diga já

Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou

No banco sem guitarra elétrica
Com violão escrevo esse lamento
Pois como molha a água a pedra
Meu canto encerra o seu esquecimento

Não sei por que você
Insiste em demorar
Eu quero que você
Diga já

Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou


TH - Não "esqueçam": todo domingo tem Toptulho!



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

TEMA DE NOVELA ESPECIAL: DOSSIÊ ZECA BALEIRO!



Mais um dossiê exclusivo do EnTHulho Musical, desta vez relembrando a trajetória de nosso artista do mês, Zeca Baleiro, nas trilhas de novelas. Prato cheio para quem quer fugir dos ritmos já batidos de Carnaval neste 2015. 

Desde já informo que o site do querido Nilson Xavier, o teledramaturgia.com.br foi primordial para que eu montasse a seleção utilizada nesta matéria, razão pela qual desde já deixo registrado meu agradecimento!

São 16 registros do Baleiro nas tramas brasileiras. Vejamos qual seria o "meu Top 10":

1) QUASE NADA ("Estrela Guia" Globo, 2001). 

Estrela-Guia foi uma mininovela de 2001, escrita por Ana Maria Moretzsohn, que foi ao ar no horário das 18h. Qual o maior atrativo da trama? A música Imagine defendida por Paulo Ricardo, que era tema de abertura? Pelamor, não! Foi a protagonista, Sandy Leah, que viveu a órfã esotérica Cristal. Se todo mundo perguntar do que lembra da trama, com certeza mencionarão a jovem cantora, sendo a trama comumente alcunhada de "novelinha da Sandy". Mas a trilha sonora trouxe algumas surpresas e, dentre elas, a música "Quase Nada", de nosso artista do mês, que pertence ao criticado disco "Líricas", lançado um ano antes. Era tema do personagem "Santiago", defendido por Sérgio Marone. Sem dúvidas, uma das músicas mais famosas de Zeca Baleiro, que invadiu os barzinhos com MPB ao vivo naquele início dos Anos 2000, e, hoje, se tornou um clássico seu!

2) BANDEIRA ("Por Amor", Globo, 1997)

A "mulher com uma máquina de calcular no lugar do coração". Assim definia Atílio (Antonio Fagundes) sua ex-esposa Isabel, papel de Cássia Kis Magro em "Por Amor", épica novela de Manoel Carlos que foi ao ar entre 97 e 98. Na trama, sua personagem tinha "ganhado"o sedutor quarentão da vilã Branca Letícia de Barros Mota (Susana Vieira), mas não conseguiu impedir o forte sentimento que surgiu entre ele e a protagonista Helena (Regina Duarte). Resultado: foi passada pra trás, e sofreu bastante ao som dessa bela música, um dos primeiros sucessos de Zeca Baleiro, até hoje requisitada demais pelos fãs nos shows. Mas a dor de Isabel não tardou: a mulher-máquina tratou de seduzir o marido de sua mentora Branca, Arnaldo (Carlos Eduardo Dolabella), numa relação sem estrutura emocional e, claro, providenciou que ele gastasse rios de dinheiro com seus caprichos. E a "crocodila" teve "Bandeira" para por um pouco de poesia em suas ações objetivas. 


3) AI QUE SAUDADE D' OCÊ ("Império", Globo, 2014)

O violeiro "Vital Farias", um paraibano arretado de Taperoá, lançou esse forró em 1984. E muita gente já bebeu na fonte: Dominguinhos, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Fagner, todos já gravaram. Até Fábio Jr. já fez sua releitura, que foi parar na trilha da novela "Renascer" (era tema de Ritinha, Isabel Fillardis, e fez muito sucesso em 1993). Zeca Baleiro teve a difícil missão de imprimir sua marca em algo que já foi trocentas vezes gravado, e cumpriu: sofisticou a música com sua versão, deu um pouco mais de melancolia, e fez com que ela casasse perfeitamente com a história de vida do jovem nordestino Vicente, papel de Rafael Cardoso em "Império". O resultado não poderia ter sido melhor: devolveu a MPB às paradas brasileiras, onde "Ai Que Saudade D' Ocê" está sendo constantemente pedida, desde o ano passado até hoje. Um acerto e tanto!

4) SAMBA DO APPROACH ("Mulher", Globo, 1998 a 1999; "Da Cor Do Pecado", Globo, 2004)

Sempre tem aquela música que fez parte de mais de uma produção, não é? "Samba Do Approach" pertence ao disco "Vô Imbolá", de 1999, e integrou a refinada trilha da série médica brasileira "Mulher". Seis anos mais tarde, aparece novamente em outra produção global: a novela "Da Cor Do Pecado", primeira solo do aclamado autor João Emanoel Carneiro, que foi ao ar no horário das 19h. Nesta, pertencia ao casal hilário vivido por Maitê Proença e Ney Latorraca, e tinha a participação especialíssima de seu xará Zeca Pagodinho. Quem não lembra?

5) DISRITMIA ("Cheias de Charme", Globo, 2012)

A novela das empreguetes é conhecida também por ter uma trilha muito bem selecionada, com muita gente boa representando a música brasileira. Nesse bolo, encontra-se Zeca Baleiro com mais um hit de sua carreira, que pontuava a vida do casal Rodinei e Liara (Jayme Matarazzo e Tainá Mueller), ele, um grafiteiro talentoso; ela, mulher moderna e exuberante. Logo, a estreia dos autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira teve como ponto alto não apenas a divertida trama, como também sua ótima trilha sonora!

6) HEAVY METAL DO SENHOR ("Era Uma Vez", Globo, 1998)

A trama foi lançada com o intuito de resgatar o público infanto-juvenil às 18h. Com uma trilha nacional bem comum para os padrões dos Anos 90, era normal que um cantor promissor como Zeca Baleiro, que havia estourado há poucos anos, fosse escolhido para fazer parte da seleção, e fez muito bem: "Heavy Metal do Senhor" era a cara do Frei Chicão (Diogo Vilela)

7) VAI DE MADUREIRA ("Aquele Beijo", Globo, 2011)

Na novela de Miguel Falabella, "Vai De Madureira", música com um ritmo gostoso e empolgante, foi tema geral, muito utilizado nos stock-shots da trama. O verso "Quem não pode Nova York vai de Madureira" é muito "Falabella", e a música acabou ficando com a cara da novela. Pertence ao disco "Manual Do Homem Bomba 1", de 2011.  

8) FLOR DA PELE ("Serras Azuis", Bandeirantes, 1998)

Mais uma vez Zeca numa trama de Ana Maria Moretzsohn (e Izabel de Oliveira), e, desta vez, quebrando a hegemonia global neste dossiê, trata-se de uma produção da Bandeirantes. Cronologicamente, podemos afirmar que foi a primeira vez que Zeca esteve numa trilha de novela. Não assisti à trama, tampouco sei se "Flor da Pele" tocou nela, mas vale o registro, uma vez que este também é o seu primeiro sucesso de carreira (revelado no Acústico MTV Gal Costa). 

9) HOMEM COM H ("Insensato Coração", Globo, 2011)

Uma divertida versão de "Homem Com H", clássico eternizado pelo "lobisomem" Ney Matogrosso, foi interpretada com maestria por Baleiro, para ser tema de Rony (Leonardo Miggiorin), um gay afetado e divertido da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Acabou descambando pra caricatura, não tinha como não, mas vale o registro pelo humor de Zeca e do personagem. 

10) SAFADA ("As Brasileiras", Globo, 2012)

Zeca Baleiro integra também o rol de cantores que fazem músicas especiais para as novelas. Essa faceta foi visualizada com "Safada", numa versão deliciosa que tocou no episódio "A Viúva Do Maranhão", protagonizado por Patrícia Pillar, na série "As Brasileiras", que, aliás, tem muitas músicas exclusivas, demonstrando, assim, que a Globo continua investindo mesmo na qualidade musical de suas produções!

Alô, Globo e demais emissoras: quando vocês nos darão o deleite de ouvirmos Zeca Baleiro numa abertura de novela? Passou da hora, hein?


E quais ficaram de fora do nosso dossiê? Você confere logo abaixo!

- VOCÊ SÓ PENSA EM GRANA (Metamorphosis, Record, tema de Diana - Luciene Adami) (2004);
- PALAVRAS: SILÊNCIOS (Com Fagner)(Prova de Amor, Record, tema de Rachel - Maria Ribeiro) (2005);
- A BALADA DO CÉU NEGRO (Bang Bang, Globo, tema de Mercedita - Carol Castro) (2005);
- O MUNDO (Com Moska, Lenine e Chico César) (Cama De Gato, Globo, tema de Gustavo - Marcos Palmeira) (2009);
- VOCÊ É MÁ (Ribeirão do Tempo, Record, tema de Karina - Juliana Baroni) (2010).


E agora, é hora da música. Música é mesmo importante? Quase nada :D

QUASE NADA
Zeca Baleiro
Composição: Zeca e Alice Ruiz. 

De você sei quase nada
Pra onde vai ou por que veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada

De você sei quase nada
Pra onde vai ou por que veio
Nem mesmo sei

Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso

Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada



TH - Um excelente carnaval a todos!




domingo, 15 de fevereiro de 2015

TOPTULHO MUSICAL # 11


11ª edição do TopTulho, sua parada de música brazuca especialíssima! Esta, chegando com tudo, em pleno carnaval!

A despeito de não termos nessa edição nenhuma música comumente associada aos festejos carnavalescos (samba-enredo, maracatu, frevo, axé e demais), para quem gosta de MPB e rock brasileiro, ela está um prato cheio! Temos uma arrancada histórica do Jota Quest, que chegou a alcançar o podium; temos também as estreias de duas poderosas representantes do sexo feminino que começam esse 2015 com todo vapor: Rita Beneditto (ex- Ribeiro, que traz seu "encanto" para nossa parada com o single "Fé"), e Alice Caymmi, com a belíssima música "Como Vês".

Pato Fu e Lulu Santos com Preta Gil foram os artistas que saíram, infelizmente. Malta está na lanterninha da parada, quase saindo, porém se manteve no 19º lugar. E, na primeira posição, Mart'nália mantém-se firme e forte com sua "Peço a Deus"

Não sou muito fã dos festejos carnavalescos, mas já fui por três anos consecutivos para Pernambuco (Recife/Olinda), que possui um pólo multi-cultural invejável. Cheguei a presenciar inclusive show de Maria Bethânia por lá, em 2007, por incrível que pareça! Então, vale como dica pra quem quer passar um carnaval mais, digamos, sui generis! :D

P.s: Para quem está sentindo falta de matérias do nosso artista do mês, não percam esse carnaval, no EnTHulho. Será o carnaval do Zeca Baleiro! :)

Vamos, agora, a esta edição do TopTulho!

1) MART'NÁLIA - Peço a Deus (=)
2) ARLINDO CRUZ - Não Penso Em Mais Nada (+1)
3) JOTAQUEST - Dentro De Um Abraço (+5)
4) ADRIANA CALCANHOTTO - E Sendo Amor (-2)
5) ZECA BALEIRO E ZÉLIA DUNCAN - Fox Baiano (=)
6) MARIA RITA - Mainha Me Ensinou (=)
7) VANESSA DA MATA - Ninguém É Igual A Ninguém (-3)
8) ZECA BALEIRO - Ai Que Saudade D' Ocê (-1)

9) CASUARINA - A Vizinha Do Lado (+1)
10) SKANK - Esquecimento (+2)

11) SURICATO - Diante De Qualquer Nariz (=)
12) DIOGO NOGUEIRA E HAMILTON DE HOLANDA - Salamandra (-3)
13) CLÁUDIO ZOLI - Amar e Amanhecer (+1)
14) FERNANDA TAKAI E SAMUEL ROSA - Pra Curar Essa Dor (Heal The Pain)(+3)

15) SIMONINHA E JOÃO SABIÁ - Meninas Do Leblon (+1)
16) ALICE CAYMMI - Como Vês (ESTREIA)
17) GABRIEL MOURA E MILTON NASCIMENTO - O Certo (-4)
18) NANDO REIS E MARISA MONTE - Pra Quem Não Vem (-3)

19) MALTA - Diz Pra Mim (=)
20) RITA BENEDITTO - Fé (ESTREIA)

Saíram:

LULU SANTOS E PRETA GIL - Condição (3 SEMANAS)
PATO FU - Cego Para As Cores (10 SEMANAS)


Eles não tem nada a ver com os festejos carnavalescos, mas hoje o TopTulho os destacará: os mineiros do Jota Quest subiram cinco posições em nossa parada. Para quem me conhece, sabe que eles nem chegam perto de minha preferência, entretanto, não há como negar que "Dentro De Um Abraço" está estouradaça nas rádios populares, fazendo com que o Pop Rock nacional quebre um pouco a hegemonia do sertanejo universitário e do funk, que imperam nas paradas. 

A banda de Rogério Flausino - assinala-se, uma das mais bem sucedidas das que surgiram nos Anos 90, continua em plena forma, atravessando décadas de bastante sucesso, com hits melódicos e fáceis, extremamente fáceis. Fiquemos, então, com a letra de "Dentro De Um Abraço"


Mineirinhos fáceis. 

DENTRO DE UM ABRAÇO
Jota Quest

O melhor lugar no mundo
É dentro de um abraço
Pro mais velho ou pro mais novo
Pra alguém apaixonado, alguém medroso

O melhor lugar no mundo
É dentro de um abraço
Pro solitário ou pro carente, é
Dentro de uma abraço é sempre quente

Tudo que a gente sofre
Num abraço se dissolve
Tudo que se espera ou sonha
Num abraço a gente encontra

No silencio que se faz
O amor diz compromisso
Baby, baby dentro de um abraço
Tudo mais já está dito

O melhor lugar no mundo, é aqui
É dentro de um abraço

Por aqui não mais se ouve o tic tac dos relógios
E se faltar a luz fica tudo ainda melhor
O rosto contra o peito, dois corpos em um amasso
Dois corações batendo juntos em descompasso

Tudo que a gente sofre
Num abraço se dissolve
Tudo que se espera ou sonha
Num abraço a gente encontra

Tudo que a gente sofre
Num abraço se dissolve
Tudo que se espera ou sonha
Num abraço se encontra

Na chegada ou na partida
Raio de sol ou noite fria
Na tristeza ou na alegria

Tudo que a gente sofre
(Na chegada ou na partida)
Num abraço se dissolve
(Raio de sol ou noite fria)
Tudo que se espera ou sonha
(Na tristeza ou na alegria)
Num abraço se encontra

Tudo que a gente sofre
(Na chegada ou na partida)
Num abraço se dissolve
(Raio de sol ou noite fria)
Tudo que se espera ou sonha
(Na tristeza ou na alegria)
Num abraço se encontra




TH - Que nada, o melhor lugar do mundo é no podium do TopTulho! 


domingo, 8 de fevereiro de 2015

TOPTULHO MUSICAL # 10


Uma semana com um pouco mais de novidades em nossa parada semanal. São três estreias, e um novo primeiro lugar, desbancando a hegemonia de Arlindo Cruz, que já durava três semanas. Mas, fãs do samba fiquem despreocupados, pois em seu lugar assume Mart'nália, com o delicioso sambinha "Peço a Deus". Pediu tanto que conseguiu :D.

São 3 estreias (Fernanda Takai com Samuel RosaSimoninha com João Sabiá e Cláudio Zoli), que entram no lugar de Thiago Pethit, Angela Ro Ro com Jorge Vercilo e Luiza Possi, os "déficits" da vez. Malta e Pato Fu despencaram tanto que estão na lanterninha, respectivamente em 19º e 20º lugar. Será que resistirão?

Apesar da parada do EnTHulho Musical estar relativamente movimentada nesta 10ª edição do TopTulho, isso não reflete exatamente as demais paradas brasileiras. Na Billboard Brasileira desta semana, por exemplo, não há nenhuma música nacional que não seja por duplas sertanejas ou funk carioca. Tá difícil pra quem quer fugir dessa monocultura esse ano, e, pelo andar da carruagem, tendemos a ter um ano igual a 2014, no qual o rock brasileiro e a MPB sumiram das principais rádios, sendo relegados apenas às especializadas nesses estilos. 

O consolo é que aqui no TopTulho você sempre vai estar por dentro dos lançamentos da boa música brasileira. Vamos conferir como ficou?

1) MART'NÁLIA - Peço a Deus (+2)
2) ADRIANA CALCANHOTTO - E Sendo Amor (=)
3) ARLINDO CRUZ - Não Penso Mais Em Nada (-2)
4) VANESSA DA MATA - Ninguém É Igual A Ninguém (=)
5) ZECA BALEIRO E ZÉLIA DUNCAN - Fox Baiano (=)
6) MARIA RITA - Mainha Me Ensinou (+1)
7) ZECA BALEIRO - Ai Que Saudade D' Oce (-1)
8) JOTAQUEST - Dentro De Um Abraço (+1)
9) DIOGO NOGUEIRA E HAMILTON DE HOLANDA - Salamandra (+1)

10) CASUARINA - A Vizinha Do Lado (+1)
11) SURICATO - Diante De Qualquer Nariz (-3)
12) SKANK - Esquecimento (+1)
13) GABRIEL MOURA E MILTON NASCIMENTO - O Certo (-1)
14) CLÁUDIO ZOLI - Amar e Amanhecer (ESTREIA)
15) NANDO REIS E MARISA MONTE - Pra Quem Não Vem (-1)
16) SIMONINHA E JOÃO SABIÁ - Meninas Do Leblon (ESTREIA)
17) FERNANDA TAKAI E SAMUEL ROSA - Pra Curar Essa Dor (Heal The Pain) (ESTREIA)

18) LULU SANTOS E PRETA GIL - Condição (-1)
19) MALTA - Diz Pra Mim (-4)
20) PATO FU - Cego Para As Cores (-4)


Saíram:

THIAGO PETHIT - Quero Ser Seu Cão (9 SEMANAS)
LUIZA POSSI - Cacos De Amor (7 SEMANAS)
ANGELA RO RO e JORGE VERCILO - A Capital Do Amor (3 SEMANAS)


E a Maria Rita, hein? Há tempos que está aqui no TopTulho, com essa linda canção (que a cada semana sobre mais um pouco) com a qual compartilha conosco tudo o que aprendeu com a mãe Elis. As coisas boas, o talento...a artista vem crescendo a cada trabalho, apesar de alguns fãs preferirem sua postura de início de carreira. 

Da minha parte, eu enxergo amadurecimento profissional, tão grande que me fez virar fã (eu não era, conforme assumi diversas vezes aqui no EnTHulho Musical). Decididamente, a música opera milagres!


O tempo só fez bem à moça, hein? Em todos os sentidos!


MAINHA ME ENSINOU
Maria Rita

Ainda me lembro com clareza
O que mainha me ensinou
A respeitar a natureza
Pela fartura sobre a mesa agradecer ao Criador
Sempre andar num bom caminho
Tirar o espinho de uma flor

Pra dar e receber carinho
Pra não viver em desalinho
Só se entregar a um grande amor

Pra dar e receber carinho
Pra não viver em desalinho
Só se entregar a um grande amor

Ah! Encontrei um amor assim
É tudo o que sonhei pra mim

Num amanhecer
(Eu e você)
Quando entardecer
(Você e eu)
O tempo já passou
A gente nem notou
Anoiteceu

E deixa clarear
(Que um anjo bom)
Chegou pra completar
(Nossa paixão)
Felicidade minha
Hoje eu sou mainha
Mainha tem razão




TH - E quem somos nós pra duvidar? :)


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

AMIGO MUSICAL CONVIDADO # 45 - Raphaella Chaves !


Ela estava lá nos meus primeiros passos como advogado, com a conhecida paciência, com a vontade de ajudar que tanto lhe é característica. "Isso pode ser considerado Obrigação de Fazer, vá por esse caminho", "O Projudi é complicado mesmo, mas se você fizer assim, vai conseguir"

Minha passagem pelo Curso Marcato, onde trabalhei por quase 4 anos, foi marcada por conhecer pessoas que vou levar pra vida, principalmente alunos. É uma alegria reconfortante reencontrar tanta gente querida que conheci por lá, todas as vezes que volto a Maceió

A Rapha é uma das principais pessoas que conheci lá, não me encabulo em dizer. O contato diário a tornou minha amiga mais generosa. Tenho muito orgulho desta advogada eficiente, que hoje é uma dedicada professora do mundo jurídico que, vez por outra, vira noites e mais noites exercendo (com prazer) o ofício de preparar aulas e corrigir trabalhos. 

A diplomacia é outra qualidade sua que costumo sempre apontar. A despeito de visões políticas discordantes, sempre houve muito respeito e cordialidade em nossos saudáveis debates, para mim super enriquecedores. Uma bela discussão vai além de um combate "fla x flu": são nos pormenores que advém o conhecimento, e, exatamente por eles é que sou eternamente grato à Rapha! 

Também fascinada por música, não foi difícil que contribuísse com um relato "agradecido" de um momento de sua vida, que foi devidamente pontuado por uma de suas bandas preferidas, O Rappa. Sua vez, Rapha!



Em 2009 esta música me ajudou a tomar decisões importantes. Que até demoraram um pouco pra serem tomadas. Na prática, não digo que foi por falta de coragem, é que às vezes o comodismo escolhe por você.

Junto das grandes escolhas vieram as consequências. Boas ou ruins, todas foram imprescindíveis. Crescimento, amadurecimento, reforma íntima até doem, mas é preciso passar por cada um deles...

Se eu me arrependo? Nenhum pouco. Nenhum dia!

Hoje (04/02/15) foi (novamente) um dia importante (por isso relembrei a música... ouvi-la me encheu de coragem). De novas decisões, escolhas.

O que me aguarda?! Não ousarei responder. Prefiro esperar.

O melhor desta vida é viver!

Chego a acreditar numa frase da minha mãe: Filha, você é destemida!


RAPHAELLA CHAVES
Advogada e Professora Jurídica
Maceió, AL



Rappa e Rapha: esse post só poderia ser perfeito ;)


MEU MUNDO É O BARRO
O Rappa

Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Sou novo aqui
Sou novo aqui

Eu tenho fé fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé Zé
Não é noticiário de jornal, não é é
Não é noticiário de jornal, não é é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz vai

Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Sou novo aqui
Sou novo aqui

Eu tenho fé fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé Zé
Não é noticiário de jornal, não é é
Não é noticiário de jornal, não é é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, eu sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz

E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play
Repetir o play

Não me escoro em outro e nem cachaça
O que fiz tinha muita procedência
Eu me seguro em minha palavra
Em minha mão, em minha lavra

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, eu sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz



TH - Luz pra vocês, também!



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

ARTISTA DO MÊS - ZECA BALEIRO!



Desde o início do EnTHulho Musical eu sempre ouvi as reivindicações: "TH, cadê o Zeca Baleiro?".

Fato. Mesmo sendo muito fã, por motivos que as forças do além desconhecem, acabei deixando o maranhense de lado e pequei por ter mencionado pouquíssimo esse talentoso artista por essas bandas. 

Zeca é praticamente o carro chefe da MPB surgida nos anos 90. Sempre vou rechaçar as alegações que essa década foi nula pra MPB porque não foi. E Moska, Chico César, Adriana Calcanhotto, Carlinhos Brown, Lenine (ok, ele foi antes, mas explodiu nos 90's), Cássia Eller, Zélia Duncan, Marisa Monte e tantos outros? É altamente leviana a alegação de que não houve nada de bom no universo da música brasileira no período entre 1990-1999.

Nesse contexto, Zeca Baleiro possui uma fórmula mágica de fazer música que agrada os mais refinados e os mais populares. O que é um feito e tanto, já que suas letras sempre me remeteram aos grandes artistas surgidos nos Anos 70, ou seja, são músicas munidas de um subjetivismo pontual, mas que, de tão bem interpretadas e poetizadas, chegam ao alcance de vários tipos de ouvintes. E proporcionam prazer de maneira isonômica.

José Ribamar Coelho Santos, esse ariano de Arari, MA, atualmente encontra-se com mais evidência que os demais artistas de seu estilo. Diria que está no auge, com larga vantagem perante outros nomes contemporâneos seus do mundo da MPB.

O que TH acha do Zeca? Ele sempre me passou ar daquele camarada da universidade, genial, boa praça, inteligente e super politizado, que se envolve com os problemas sociais dos alunos e ainda faz poesias. E sempre me pareceu um 'rato de saraus", cult ao extremo, despertando admiração de todos. É a imagem que me passa, e que tenho quase certeza que é verdadeira, pois vejo Zeca escrevendo com talento e bom senso sobre os mais variados temas, o que me causa uma enorme identificação. 

Conheci-o no Acústico MTV Gal Costa, com a canção "À Flor da Pele", em homenagem a "Vapor Barato", e desde então fui fiel seguidor de sua trilha, e gosto bastante inclusive do criticado disco "Líricas". 

O artista mais aguardado pelos leitores do EnTHulho Musical se apresenta no palco musical do blogue nesse mês de Fevereiro de 2015, com matérias especialíssimas e exclusivas. Vai perder?



Qual bala você prefere?


DADOS BIOGRÁFICOS (Pelo Dicionário da MPB)

Cantor. Compositor. Produtor. Segundo o livro de Marcio Paschoal, nasceu em Arari, cidade vizinha de Pedreiras, onde nasceu João do Vale. Ganhou o apelido Baleiro quando cursava a universidade. Como gostava muito de comer balas, doces e guloseimas de modo geral durante as aulas, os companheiros de curso deram-lhe o apelido. Antes de dedicar-se exclusivamente à música, chegou, inclusive, a abrir uma loja de balas, tortas e doces caseiros chamada "Fazdocinhá", nome retirado de uma tradicional cantiga de roda. 

Transferiu-se para São Paulo no ano de 1991, quando começou a atuar em bares e na noite paulistana. Por essa época, conheceu Chico César através de um amigo comum, o poeta Celso Borges. Na ocasião, pediu emprestado a Chico César um amplificador. Logo depois, os dois tornaram-se amigos e dividiram o aluguel de um apartamento. Fizeram músicas, shows e apresentações em barzinhos e casas noturnas da cidade de São Paulo. Criou o selo musical Saravá Discos, pelo qual lançou vários CDs, entre os quais "Baião de nós" (Tiago Araripe), Chico Lobo, Antônio Vieira, "Cruel" e "Sinceramente", ambos de Sérgio Sampaio, entre muitos outros trabalhos, inclusive seus, produzindo mais de 16 discos. Lançou os livros "Bala na agulha" e "Vida", este último pela Editora da Universidade Federal de Goiás, com projeto gráfico de Roger Mello.

No ano de 1995 interpretou sua composição "Belzebu de saias" no CD "XIII FAMPOP", disco com as 12 classificadas do festival da cidade de Avaré, em São Paulo. Em 1996, Maurício Tizumba no disco "África Gerais", interpretou de sua autoria "Mandela", parceria com Chico César. No ano seguinte, participou como convidado especial do "Acústico MTV", da cantora Gal Costa, no qual tocou violão em "Vapor barato" (Jards Macalé e Waly Salomão) e cantou com ela a sua composição "Flor da pele". Ainda no mesmo ano, lançou "Por onde andará Stephen Fry?", seu primeiro disco solo, produzido pela MZA Music e distribuído pela PolyGram, atingindo a marca de 80 mil cópias vendidas. No CD interpretou "Mamãe Oxum" (Adaptação), "Pedra de responsa" (c/ Chico César), "Essas emoções" (Donato Alves), e "Kid Vinil", entre outras. Foi também eleito pelos leitores do Jornal do Brasil como "Revelação do Ano". Neste mesmo ano a cantora Ceumar classificou "Dindinha" no festival de Avaré "XIV FAMPOP", sendo a composição incluída no CD homônimo do evento. No ano seguinte, recebeu três troféus na categoria pop-rock do "Prêmio Sharp 98": "Troféu revelação", "Melhor Disco" e "Melhor Música", por sua composição "Bandeira". 

Além disso, três músicas do disco fizeram parte de trilhas sonoras de novelas: "Bandeira" (novela Por amor, da Rede Globo), "Heavy metal do Senhor" (novela Era uma vez, da Rede Globo), e "Flor da pele" (novela Serras Azuis, da Rede Bandeirantes). Ainda em 1998, participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", CD produzido por Sergio Natureza que resgatou parte da obra do compositor capixaba Sérgio Sampaio. No disco interpretou "Tem que acontecer" (Sérgio Sampaio), música muito executada nas emissoras do Rio de Janeiro. Compôs também a trilha sonora para o filme "Impressões para Clara", de Joel Yamaji, e músicas para o balé "Bicho solto" em Buriti Bravo, baseado nos autos populares do Maranhão, da bailarina e coreógrafa Julia Emília. 

No ano seguinte, lançou o segundo CD de título "Vô imbolá", que contou com as participações de Zeca Pagodinho em "Samba do approach", Zé Ramalho em "Bienal", entre outros. Apresentou-se em Cannes, na França, durante a "Feira Internacional do Disco" (Midem) para lançar "Por onde andará Stephen Fry?", na Europa, pelo selo parisiense Totem. Passou também a atuar como produtor nos discos das cantoras Patrícia Ahmaral e do CD "Dindinha", da cantora Ceumar, do qual se destacou a faixa-título "Dindinha", de sua autoria, música muito executada nas rádios de todo o país. Também teve suas músicas gravadas pelas cantoras Rita Ribeiro ('Bandeira') e Simone ('Lenha'), que fizeram sucesso com suas composições. Por essa época, gravou especial para o "Programa Bem Brasil", TV Cultura de São Paulo. Em fevereiro de 2000, participou do projeto "Cantos de verão", no Conjunto Cultural da Caixa, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado dos poetas Salgado Maranhão e Ferreira Gullar, participou do projeto "Literalmente às Quartas", produzido por Sergio Natureza e Euclides Amaral no Espaço Cultural Caravelas, no Rio de Janeiro, no qual os três artistas deram depoimento sobre vários aspectos de suas carreiras e de seu estado, o Maranhão. 

Neste mesmo ano, Nosly, seu parceiro, lançou o CD "Teu lugar", no qual incluiu várias parcerias de ambos: "Noves fora", "Japi" e "Brinco". Ainda no ano 2000, ao lado de Chico César, Nosly, Rita Ribeiro, Paulo Lepetit e Décio Rocha, entre outros, participou do disco "XXI", do poeta e letrista maranhense Celso Borges. No ano de 2001 lançou o CD "Líricas". Em 2002 lançou o CD "PetShopMundoCão", disco no qual contou com algumas participações especiais como Carlos Dafé (em 'Mundo dos negócios'), Totonho e os Cabras, As Gatas (em 'Fio da véia') e Elba Ramalho. No CD foram gravadas, entre outras, "Mundo cão", parceria com o poeta Sergio Natureza, "O hacker", "Drumembêis", "Minha tribo sou eu", "Meu nome é Nélson Rodrigues", "Eu despedi o meu patrão" (c/ Capinam), "Guru da galera", "Fiz esta canção" (c/ Matilda Kovac), "A serpente" e "Telegrama", esta última, muito executada em várias emissoras de rádio por todo o país. Ainda neste disco, o cantor e compositor contou com as participações de Lui Coimbra (violoncelista), As Gatas (tradicional grupo de samba carioca), Jr. Tsttoi (guitarrista do grupo Vulgue Tostói) e o rapper Fernandinho Beat Box. Neste mesmo ano Verônica Sabino gravou de sua autoria "Só saudade", parceria com Fausto Nilo. No ano de 2003, lançou pela Indie Records o CD "Raimundo Fagner & Zeca Baleiro". No CD foram incluídas oito parcerias de ambos: "Balada de agosto", além de "Canhoteiro" (c/ Fagner, Fausto Nilo e Celso Borges), "Auzulejos" (c/ Fagner e Sergio Natureza) e ainda parcerias com Capinam em algumas faixas e Torquato Neto na faixa "Daqui pra lá, de lá pra cá", letra inédita do poeta, cedida pela viúva Ana Araújo. 

Neste mesmo ano, ao lado de Chico Buarque, Dominguinhos, Fagner, João Donato, Moraes Moreira, Geraldo Azevedo e Sueli Costa, participou do CD "Casa tudo azul", disco do letrista Fausto Nilo e ainda do CD do grupo Viola Quebrada, no qual interpretou "Balão que cai". Fechou a turnê do disco "Petshopmundocão", no Canecão. Em 2005 lançou o CD "Baladas do asfalto & outros blues" com várias composições inéditas de sua autoria, entre elas "Mulher amada", (sobre poema de Murilo Mendes), "Alma nova" (c/ Fernando Abreu), "Amargo", "Balada do asfalto", "Cigarro", "Muzak", "O silêncio", "Quando ela dorme em minha casa" (c/ Fausto Nilo), "Cachorro doido" (c/ Fernando Abreu), "Flores no asfalto" (c/ Gerson da Conceição), "Balada do céu negro" (c/ Tuco Marcondes), "Meu amor, minha for, minha menina" e "Versos perdidos" (c/ Fausto Nilo). Neste mesmo ano participou do disco-livro "Música", de Celso Borges, no qual foram incluídas três parcerias com o poeta: "Americana" (interpretada pelo próprio Zeca Baleiro), "Aurora" (interpretada por Ceumar) e "Morada", cantada por Miriam Maria. 

Ainda em 2005 apresentou-se no Canecão, no Rio de Janeiro, show no qual mostrou parte da obra inédita, além de sucessos de carreira. Apresentou-se na França no evento que celebrou o ano do Brasil na França. Neste mesmo ano, participou do disco "Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos", no qual interpretou a faixa "Roda morta", de Sérgio Sampaio e Sergio Natureza. Participou do disco "Amorágio", do poeta-letrista Salgado Maranhão, no qual regravou "Trem da consciência", de Vital Farias e Salgado Maranhão. Ao lado de Caetano Veloso, Gabriel, o Pensador e Milton Nascimento, participou do disco "O irmão do meio", do cantor e compositor português Sérgio Godinho, um dos principais representantes da nova música de Portugal. 

Neste mesmo ano de 2005 produziu e lançou por seu selo Saravá Discos o CD póstumo "Cruel", do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio, falecido em 1994. Em 2006 lançou o CD "Ode descontínua e remota para flauta e oboé - De Ariana para Dionísio", disco no qual musicou dez poemas de amor do livro "Júbilo, memória do noviciado da paixão", da poeta Hilda Hilst (falecida em 2004) interpretados por Maria Bethânia, Ângela Maria, Zélia Duncan, Angela Ro Rô, Olívia Byington, Mônica Salmaso, Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Jussara Silveira e Ná Ozzetti. Considerado pela crítica especializada de neotropicalista, devido às influências do movimento tropicalista na sua obra, lançou três DVDs com as turnês de seus shows "Vô imbolá" (1999), "Líricas" (2001) e "Petshop", de 2002. 

Em 2007, a convite da diretora e coreógrafa Suely Machado, compôs a trilha sonora do balé "Geralda e Avencas", 14º espetáculo do Grupo de Dança 1º Ato, de Belo Horizonte. O espetáculo estreou em setembro na capital mineira e neste mesmo ano a trilha foi lançada em SMD (Semi metalic disc), destacando-se a faixa "Turbinada". O espetáculo também foi apresentado em várias capitais do Nordeste, São Paulo, Rio de Janeiro e posteriormente fez turnê por várias cidades da Espanha. Em 2008, também por seu próprio selo - uma parceria com sua empresária Rossana Decelso - lançou os discos "Sinceramente", remasterização para CD do último LP em vida do compositor capixaba Sérgio Sampaio e ainda o CD "Cubo", resultante da trilha sonora composta para o espetáculo do grupo Núcleo Lúdico de Dança. Ainda neste mesmo ano, lançou o disco de inéditas "O coração do Homem-Bomba volume 1", do qual se destacaram as faixas "Elas por ela", "Vai de Madureira", "Nega neguinha", "Você não liga pra mim", "Ela falou malandro" (c/ Zé Geraldo), "Toca Raul", "Geraldo Vandré" (c/ Chico César), além das regravações de "Alma não tem cor" (André Abujamra) e "Bola dividida", de Luiz Ayrão. 

O CD teve lançamento no Circo-Voador, no Rio de Janeiro, em show acompanhado pelo grupo Os Bombásticos", integrado por Tuco Marcondes (guitarra e violão), Fernando Nunes (baixo), Pedro Cunha (teclado e acordeom), Kuki Stolaski (bateria e percussão), Hugo Hori (sax e flauta), Tiquinho (rombone) e Hombre Cerutto (trompete). Em 2010 lançou, por seu selo musical Saravá Discos o disco "Trilhas", com composições de sua autoria feitas para cinema (filmes 'Carmo' e 'Flores para os mortos'), teatro (peça 'Mãe Gentil') e dança (peças 'Cubo' e 'Geraldas'), com composições como "Turbinada", "Roxinha", "Xote do edifíciio" e "Carmo". Também lançou o CD "Concerto", disco gravado ao vivo em show no no palco do teatro FECAP e várias músicas inéditas, entre as quais "A depender de mim" e "Canção de ninar um neguim", além de regravar composições de Cartola, Assis Valente e Foo Fighters. Neste mesmo ano lançou dois livros: "Bala na agulha - reflexões de boteco, pastéis de memórias e outras frituras), com assuntos diversos e o livro "A vida é um souvenir made in Hong Kong - Livro de canções" (Editora da Universidade Federal de Goiás), com letras de algumas de suas composições gravadas. 

Ainda em 2010 estreou como autor teatral com a peça infanto-infantil "Quem tem medo do curupira?" (dirção de Débora Dubois), no Teatro do Sesi, de São Paulo. Neste mesmo ano foi o vencedor do "Prêmio da Música Brasileira" na categoria "Canção Popular" com o disco "O coração do homem-bomba - ao vivo". No ano de 2011 foi uma das atrações do "Rock In Rio IV", apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no Palco Sunset, no qual recebeu como convidado o músico e cantor Lokua Kanza. Em 2012 lançou o CD "O disco do ano", no qual interpretou de sua autoria várias composições inéditas, entre as quais "Zás" (c/ Wado), "O desejo", com participação do cantor Chorão, da banda Charles Brown Jr.; "Meu amigo Enock", com a participação especial da cantora Andréia Dias; "Último post", feita em parceria com a irmã Lúcia Santos e faixa que contou com a participação especial de Margareth Menezes; "O desejo", "Calma ai, coração" (c/ Hyldon); regravou "Nada além" (c/ Frejat); "O amor viajou"; "Tattoo"; "Nu com a minha máscara" e "Mamãe no Face". 

O show de lançamento ocorreu no Circo Voador, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. No ano de 2013 apresentou-se em shows em Fortaleza, ao lado do parceiro de várias composições Nosly. Gravou em dueto com Amelinha a faixa "Asa partida" (Fagner e Abel Silva) no CD "Janelas do Brasil ao vivo", de Amelinha. Neste mesmo ano gravou em dueto com Tiago Araripe a faixa-título "Baião de nós" (Zeca Baleiro e Tiago Araripe) no CD do parceiro lançado pelo selo Saravá Discos. Entre suas várias intérpretes estão Margareth Menezes em "Mãe de leite", incluída no CD "Maga - AfroPopBrasileiro" e Míriam Maria que gravou "Banguela", "Canção ainda sem nome" e "Boi de haxixe", as três, de sua autoria e incluídas no CD "Rosa fervida em mel", além de Rita Ribeiro, uma de suas principais intérpretes. Ainda em 2013 apresentou o espetáculo "Piano e voz", dividido com o tecladista Adriano Magoo no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro e também apresentado em Brasília, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre. No show, além de interpretar alguns de seus sucessos, foram incluídas composições de Gilberto Gil "Esotérico" e Sérgio Sampaio "Não adianta", entre outras. Entre seus muitos parceiros estão os poetas Salgado Maranhão, Sergio Natureza, Fausto Nilo, Capinan e Celso Borges, além de Chico César, Tuco Marcondes e Tiago Araripe.



Gal, Oswaldo, Chorão e Zélia são apenas algumas das parcerias essenciais do artista. 



DISCOGRAFIA


(1995) XIII FAMPOP • (vários) • CD
(1997) Por onde andará Stephen Fry • PolyGram • CD
(1998) Balaio do Sampaio • MZA/PolyGram • CD
(1999) Vô Imbolá • PolyGram • CD
(2000) XXI • Independente • CD
(2001) Líricas • PolyGram • CD
(2002) PetShopMundoCão • MZA/Abril Music • CD
(2003) Raimundo Fagner & Zeca Baleiro • CD
(2003) Casa tudo azul • CD
(2005) Música • Coleção Ruptura Réptil/Poesia para ouvir • CD
(2005) Sérgio Godinho - O irmão do meio • Portugal • CD
(2005) Amorágio • Selo SescRio.Som • CD
(2005) Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos • Selo SescRio.Som • CD
(2005) Baladas do asfalto & outros blues • MZA/Universal • CD
(2006) Ode descontínua e remota para flauta e oboé - De Ariana para Dionísio • Saravá Discos •CD
(2007) Geraldas e Avencas - Trilha sonora • Saravá Discos
(2008) O coração do Homem-Bomba volume 1 • Saravá Discos/MZA • CD
(2008) Cubo - Trilha sonora • Saravá Discos • CD
(2010) Concerto • Selo Saravá Discos • CD
(2010) Trilhas • Saravá Discos • CD
(2012) O disco do ano • Selo Saravá Discos/Som Livre • CD
(2012) Lado Z, Volume 2. 

(2014) Calma Aí, Coração, Ao Vivo




Além do exímio letrista que é, o domínio cênico de Zeca no palco é imbatível!


Pelass extensa biografia e discografia, já sentiu que teremos muita história pra contar nesse mês, não é ? Não percam essa viagem fabulosa pela obra desse grande nome da música brasileira!

Pra começar, já que mencionamos tantas parcerias, vamos relembrar o primeiro hit de Zeca, aqui em parceria com outro grande nome de nossa música: Raimundo Fagner!


À FLOR DA PELE 
Zeca Baleiro. Participação: Fagner. 

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

Oh, sim!
Eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito
Mais em você
Eu não preciso
De muito dinheiro
Graças a Deus!
Mas vou tomar
Aquele velho navio
Aquele velho navio!

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!


TH - Salve Zeca!





domingo, 1 de fevereiro de 2015

TOPTULHO MUSICAL # 9


Conforme se verifica nas maiores rádios especializadas em MPB do país, o primeiro TopTulho de Fevereiro reflete o marasmo do estilo e continua sem grandes novidades. 

A única estreia (e já chega chegando na 11ª posição) foi do grupo musical carioca Casuarina, especializado em samba e choro, trazendo pra gente sua releitura de "A Vizinha Do Lado".

Arlindo Cruz segue com folga na primeira posição. Luiza Possi leva um tombo homérico de 8 degraus. Malta, Pato Fu e Diogo Nogueira (com Hamilton de Holanda) foram outros nomes que despencaram bastante. As grandes subidas ficam por conta dos mineiros do Skank e do Jotaquest. E, para nossa tristeza, quem nos deixou foi a grande campeã de 2014, que liderou 100 músicas de MPB no TopTulho Especial - Retrospectiva 2014: a Banda Do Mar, com "Mais Ninguém"

Para quem ainda não sabe, Zeca Baleiro (que está com duas músicas em nossa parada, essa semana, respectivamente nas posições 5 e 6), é o Artista do Mês de Fevereiro. Aguardem matérias especialíssimas sobre o maranhense!

Vamos ver como ficou o TopTulho dessa semana:

1- ARLINDO CRUZ - Não Penso Mais Em Nada (=)
2- ADRIANA CALCANHOTTO - E Sendo Amor (+1)
3- MART'NÁLIA - Peço a Deus (-1)
4- VANESSA DA MATA - Ninguém É Igual A Ninguém (=)
5- ZECA BALEIRO E ZÉLIA DUNCAN - Fox Baiano (+3)
6- ZECA BALEIRO - Ai Que Saudade D' Ocê (-1)
7- MARIA RITA - Mainha Me Ensinou (=)
8- SURICATO - Diante De Qualquer Nariz (+2)
9- JOTAQUEST - Dentro De Um Abraço (+6)
10- DIOGO NOGUEIRA E HAMILTON DE HOLANDA - Salamandra (-4)
11- CASUARINA - A Vizinha Do Lado (ESTREIA)
12- GABRIEL MOURA E MILTON NASCIMENTO - O Certo (+1)
13- SKANK - Esquecimento (+5)
14- NANDO REIS E MARISA MONTE - Pra Quem Não Vem (=)
15- MALTA - Diz Pra Mim (-6)
16- PATO FU - Cego Para As Cores (-4)
17- LULU SANTOS E PRETA GIL - Condição (=)
18- THIAGO PETHIT - Quero Ser Seu Cão (-2)
19- LUIZA POSSI - Cacos De Amor (-8)
20- ANGELA RO RO e JORGE VERCILO - A Capital Do Amor (-1)

Saiu:

BANDA DO MAR - Mais Ninguém (8 SEMANAS)

E o TopTulho presta agora uma merecida homenagem a Adriana Calcanhotto que, apesar de ter alcançado a vice-liderança de nossa parada, essa semana sofreu um baque imenso: sua esposa Suzana de Moraes (filha mais velha de Vinicius de Moraes) faleceu essa semana, dia 27/01, em decorrência do câncer. 26 anos de parceria e cumplicidade.

Sempre vi com felicidade esse casal. Não as conhecia, mas imaginava com satisfação que, quem conviveu pelo menos um dia com ambas, se esbaldou em verdadeiras aulas cotidianas de bom gosto litero-musical, inteligência e sensatez. E divertimento, é claro. É impossível imaginar a rotina de casais, mas eu só sentia coisas boas dessa relação. 

EnTHulho lamenta a partida dessa grande mulher que foi (é) Suzana de Moraes. E envia boas energias também para Adriana. A vida continua, e Suzana foi muito bem recebida, tenham certeza. Quem planta bons frutos nesse plano, só tende a colher os melhores posteriormente. 




Vamos, então, com a música de Drica que está na parada.


E SENDO AMOR
Adriana Calcanhotto

Você não quis, não deu valor
E sendo amor de verdade
Desperdiçou sexo do bom
Meu próprio som
E silêncio e outras raridades

Que faço eu? Aonde vou?
Com a dor que me reparte
Aonde por? Pra quem eu dou?
A flor que em flor se debate

Você não diz, mas balançou

Qual a razão e a vontade
Desperdiçou sexo do bom
Meu próprio som
E silêncio e outras raridades

Que faço eu? Aonde vou?
Com a dor que me reparte
Aonde por? Pra quem eu dou?
A flor que em flor se debate

O que doeu levo onde vou
Sendo que sou a metade
O que doeu levo onde for
Feito feroz tatuagem


TH - Poesia em estado natural. 


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