[Texto de Marcio Almeida Nicolau, diretamente pro EnTHulho Musical]
“Está errado”, o Ney dispara a sua metralhadora cheia de mágoas. “O tempo não para” é baseado no livro de Lucinha Araujo, mãe de Agenor de Miranda Araújo Neto. Mas está errado, segundo ele, se pretendia contar a história do Cazuza. De fora do filme, Ney Matogrosso afirma, sobre sua relação com o maior abandonado, líder do Barão: “fui o único que sobrou, só eu posso contar.”
Exagerado? Na verdade, não. Foi Ney quem impulsionou a carreira do Barão Vermelho. Sem falar que Cazuza foi um dos três amores de sua vida. Forte, mas não por acaso, o primeiro encontro dos dois aconteceu em Ipanema e ambos ficaram enlouquecidos. "Uns quatro meses de labaredas" resumem. Os dois gostavam de passear juntos de carro pelo Rio e viajar até o sítio dos pais do roqueiro ouvindo Cartola. Pro dia nascer feliz.
Quando a família ficou sabendo que o filho do João Araújo estava namorando o Ney, ordenou que Cazuza fosse para a Suíça. Cazuza não queria e reagiu. "O nosso amor a gente inventa", Ney o tranquilizou, esperaria por Cazuza. Pra ele, o amor entre dois homens não é bom nem ruim, é normal. Mentiras sinceras, afinal, lhe interessam.
Porém, mais uma dose e o romance acabaria. Ney conta que Cazuza desapareceu por três dias e chegou em casa acompanhado de um traficante. "Ele cuspiu em mim. Eu dei um bofetão nele." E a emoção acabou.
Ney conheceu na intimidade um Cazuza, desarmado, segundo ele, e apaixonante. Por isso ficaram amigos sem rancor e Ney dirigiu o último show de Cazuza, quando ele estava doente. Foi Ney quem o convenceu a terminar com "O tempo não para". E estava certo. Sobrevivendo sem um arranhão, hoje o poeta está vivo.
[Ao som de "Poema", de Cazuza, interpretada por Ney Matogrosso]
Exagerado? Na verdade, não. Foi Ney quem impulsionou a carreira do Barão Vermelho. Sem falar que Cazuza foi um dos três amores de sua vida. Forte, mas não por acaso, o primeiro encontro dos dois aconteceu em Ipanema e ambos ficaram enlouquecidos. "Uns quatro meses de labaredas" resumem. Os dois gostavam de passear juntos de carro pelo Rio e viajar até o sítio dos pais do roqueiro ouvindo Cartola. Pro dia nascer feliz.
Quando a família ficou sabendo que o filho do João Araújo estava namorando o Ney, ordenou que Cazuza fosse para a Suíça. Cazuza não queria e reagiu. "O nosso amor a gente inventa", Ney o tranquilizou, esperaria por Cazuza. Pra ele, o amor entre dois homens não é bom nem ruim, é normal. Mentiras sinceras, afinal, lhe interessam.
Porém, mais uma dose e o romance acabaria. Ney conta que Cazuza desapareceu por três dias e chegou em casa acompanhado de um traficante. "Ele cuspiu em mim. Eu dei um bofetão nele." E a emoção acabou.
Ney conheceu na intimidade um Cazuza, desarmado, segundo ele, e apaixonante. Por isso ficaram amigos sem rancor e Ney dirigiu o último show de Cazuza, quando ele estava doente. Foi Ney quem o convenceu a terminar com "O tempo não para". E estava certo. Sobrevivendo sem um arranhão, hoje o poeta está vivo.
[Ao som de "Poema", de Cazuza, interpretada por Ney Matogrosso]
Blog do autor do texto: http://espacointertextual.blogspot.com/
TH - Que é escuro e frio, mas bonito por ser iluminado.
TH - Que é escuro e frio, mas bonito por ser iluminado.
Vídeo de José Miguel Cruz
...Iluminado pela beleza do que aconteceu em 2010, THiago, venho agradecer a companhia e a amizade.
ResponderExcluirUm forte abraço e em 2011, seguimos nossa trilha musical.
Eu que agradeço mais uma vez o enriquecimento ao meu blog, rapaz...
ResponderExcluirProva maior de que parcerias na blogsfera existem e são sinceras! Ainda mais num assunto tão compartilhado como a música.
Super abraço e um 2011 mágico!
parabéns aos dois! Thiago um ótimo 2011 e que os giros da blogEsfera sigam assim para melhor sempre, sempre!!
ResponderExcluirCarinho.
Carmen.
Meu amor amor pelos dois artistas também não tem nenhum arranhão. Vivem , cá ou além, bem presentes em suas canções
ResponderExcluirQue maravilha de crônica!
ResponderExcluirAcho que foi o relato mais interessante e bem esculpido da relação dos dois...
Grandes artistas, de fato!
Sucesso!
;D
Parabéns aos dois. Foram, sem dúvida, as minhas grandes surpresas positivas do ano que termina. Fiquei melhor pessoa só por visitar os vossos blogues. Abraço.
ResponderExcluirEu adoro os três...rs, incluo o TH na parada. A sensibilidade o mantém mais próximos dos amigos, e quem melhor para falar de sensibilidade do que Cazuza e Ney, são duas flores da MPB, cada qual com sua beleza e majestade. Ser poeta não é recriar versos metódicos e aleatórios, frios e compactados. É na liberdade dos sentimentos que as coisas fluem, e aprendo muito com Cazuza e com outros poetas. Uma estrofe de uma poesia autoral "poetizar a alma é isso que quero poder ser".
ResponderExcluirParabéns ao TH!!! Na realidade já ficou redundante parabenizá-lo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAntônio e Karla
ResponderExcluirAgradeço muitíssimo observações tão generosas.
Arquimedes
irretocável a tua fala. Espero que também gostado do texto.
Mesmo sendo um texto antigo do Marcio é sempre uma delícia ler.
ResponderExcluirE, quanto à guerra dos meninos, somos todos lobos e santos até que se meta ao contrário.
No amor não há certo e errado. Até quando a mágoa pira desamor, o amor se impõe. sempre!
Beijos, TH!!!
Beijos, Marcio amado, idolatrado, salve salve...