sábado, 20 de novembro de 2010

AMIGO MUSICAL CONVIDADO #18 - Ale Moura


Saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.

Descreve tantos sentimentos....perda, distância, amor, nostalgia por tempos que não voltam, por pessoas que não estão mais no nosso mundo ou se encontram distantes de nosso convívio diário. Dói. É um sentimento que dói pra caramba, nem que seja de uma cidade antiga que de alguma forma fez parte de nossa saga.
A dor nos corta de forma bem cruel às vezes. Então a saudade se torna parceira mais fiel da melancolia e pega mesmo no nosso pé, até a eliminarmos de alguma forma: matando-a quando possível ou nos conformando.
Minha relação com a tem muito disso. Eu sinto muita falta de momentos que “não vivemos”. Difícil de entender? O fato é que entre minha mana e eu sempre houve muito mais “vontade” de viver junto do que isso realmente aconteceu. Tivemos fases mais próximas, experimentamos por um curto tempo o convívio cotidiano e junto mas, infelizmente, os acontecimentos e as pessoas nos fizeram passar a maior parte de nossas vidas distantes. Mas ainda assim vivo sentindo falta!
Talvez por isso não me seja custoso dizer que a amo com tanta dificuldade como (não) faço com parentes mais próximos. A gente não deveria ser assim – é reconfortante dizer pra quem se ama o quanto se ama e isso faz um bem enorme. Por mais que atitudes falem mais do que palavras, estas são bem vindas a qualquer tempo e circunstância...
Voltando à protagonista carioca da seção de hoje, a verve musical sem dúvidas é o elemento que mais nos une e hoje, dia de seu aniversário, trago-a para dar sua (ótima) dica aos leitores do EnTHulho Musical. Recomendo de olhos fechados e morrendo de vontade de dar um dos maiores calorosos abraços de saudade nela :´(
FELIZ ANIVERSÁRIO!!

P.s.: Ela não topou aparecer na foto sozinha ou colocar seu nome completo. É cheia de reservas com o mundo virtual, como outros amigos que já passaram por essa seção. O vídeo abaixo da música foi criado especialmente para a música por Dan MCphee, o "Menino Cheio de Imaginação", dono do http://www.alfarrabiodomeucoracao.blogspot.com/ . Mais um adepto da discrição da internet! =p




Brincadeira com a letra da música



Responder uma pergunta como essa foi desafiador.
Apontar uma música que me marcou a vida é sinônimo de liquidificar todos os meus momentos. São tantas músicas, artistas e emoções vivida em cada fase que eleger apenas um representante se torna impossível. E isso se agrava por eu ter uma relação sublime com poesias musicais desde pequenininha...
Eu poderia citar as mais belas letras e melodias de Toquinho e Vinícius, dupla imbatível na vivência de tantos admiradores de boa música. Poderia escolher a atitude e rebeldia de Cazuza, aquele típico ídolo de se ter posters ou colecionar fotos, sem nem ter assimilado a importância que seu comportamento inquieto teve pra desbancar o sistema (eu era uma pirralha e estava mesmo era apaixonada por ele! Rssss). Ou ainda relembrar de sucessos fofinhos de Kid Abelha, que embalaram as primeiras batidas mais fortes de meu coração por alguém...talvez mencionasse inclusive Gil e Caetano, que aprendi a amar com louvor graças aos adultos com quem quando criança mais sempre conversava, até do que com outros de minha idade.
Mas, quer saber? Memória musical que marca mesmo é a infantil e quando me recordo de bons momentos, eu sempre busco na “telinha interior” todas as cantigas que costumava ouvir quando pequena. Dentre elas, uma me fazia sambar de verdade!!! Samba lelê é acertadamente a música que mais me marcou, em qualquer versão. O curioso é que passei um boooooooom tempo “brincando de adulta” que simplesmente esqueci-me da existência da canção. Ao assistir um show do Zé Renato, ele começou a cantá-la e senti um verdadeiro “arrepio” de nostalgia. Acompanhando com o pezinho e delirando de emoção. Acho que o conceito de “música que nos marcou” é algo próximo disso!
Samba lelê é uma cantiga bonita, despreocupada e feliz. Uma verdadeira criança que quer brincar de roda. Que os pequenos de hoje sintam essa energia contagiante e batam palma junto, aplaudindo a melhor fase de suas vidas!

ALÊ MOURA



***************************************
SAMBA LELÊ
Cantiga popular. Versão: Zé Renato

Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
É de uma boa lambada

Samba, samba, samba ô Lelê
Samba, samba, samba ô lalá
Samba, Samba, Samba ô lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá!


TH - Recordar é mesmo viver!


7 comentários:

  1. Que coisa mais rica!
    Acho que a Ale definiu bem isso de "música que nos marca"! A emoção é essa mesma: brota espontaneamente! Vem à tona junto com uma porção de outras imagens, recordações, carinhos. Concordo muito com o percurso musical dela: Toquinho, Cazuza, Kid Abelha! E acrescento o seguinte: Ale faz parte daquele grupo muito inusitado de pessoas que "não conheço, porém já gosto!"
    Feliz dia, "mana"!
    Beijo grande!

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  2. Eu quero entrar pra esse fã-clube da Lelê (Alê)!! Não conheço, mas o carinho do TH quando fala sobre ela é tanto que nos contagia...
    Adorei a musica, tem muito gostinho de infância sim, eu dançava muito quando era pequena e brincava com os coleguinhas que moravam na mesma rua, faziamos uma grande roda e cada um sambava no meio da roda.
    Tão bom relembrar esses tempos, com essa melodia contagiante, me peguei querendo bater palmas e sambar agora...rssss
    Alê, feliz aniversário e que Deus conserve esse carinho no coração de vocês (seu e do TH). Meninos, voces arrasaram, TH comentou com maestria, Dan ilustrou maravilhosamente, e Ale a grande homenageada emprestou seu brilho, o post tá lindo, parabéns turminha do bem! Xerinho na pontinha do nariz!

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  3. Entro pro fã-clube, também, pelos mesmos motivos expostos pela Verinha!
    Agora... eu sempre ODIEI Samba-Lelê (pronto, falei), e este texto não mudou em nada minha opinião... desde pequeno acho um terrorismo sem-fim com uma pobre criança machucada... mas enfim, né? memória afetiva é memória afetiva.

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  4. Cara, q linda homenagem!!!!
    E adorei a música!! Contagiouuuu
    Grande Alee!! Arrasou na escolha e no texto

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  5. Você não tem mesmo jeito!
    Uma coisa que faltou constar no relato: meu apelido sempre foi Lelê e "samba lelê" é como os adultos me animavam pra dançar!!!!! rssss
    A letra é meio malvadinha, mas não vamos levar tudo a ferro e fogo, né?
    Agradeço os comentários!

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  6. Essas musiquinhas infantis são uma belezura hein?
    Parabens para a Ale!
    Bjocasss

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  7. cultura popular. Um tesouro.

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