segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

ARTISTA DO MÊS - ZECA BALEIRO!



Desde o início do EnTHulho Musical eu sempre ouvi as reivindicações: "TH, cadê o Zeca Baleiro?".

Fato. Mesmo sendo muito fã, por motivos que as forças do além desconhecem, acabei deixando o maranhense de lado e pequei por ter mencionado pouquíssimo esse talentoso artista por essas bandas. 

Zeca é praticamente o carro chefe da MPB surgida nos anos 90. Sempre vou rechaçar as alegações que essa década foi nula pra MPB porque não foi. E Moska, Chico César, Adriana Calcanhotto, Carlinhos Brown, Lenine (ok, ele foi antes, mas explodiu nos 90's), Cássia Eller, Zélia Duncan, Marisa Monte e tantos outros? É altamente leviana a alegação de que não houve nada de bom no universo da música brasileira no período entre 1990-1999.

Nesse contexto, Zeca Baleiro possui uma fórmula mágica de fazer música que agrada os mais refinados e os mais populares. O que é um feito e tanto, já que suas letras sempre me remeteram aos grandes artistas surgidos nos Anos 70, ou seja, são músicas munidas de um subjetivismo pontual, mas que, de tão bem interpretadas e poetizadas, chegam ao alcance de vários tipos de ouvintes. E proporcionam prazer de maneira isonômica.

José Ribamar Coelho Santos, esse ariano de Arari, MA, atualmente encontra-se com mais evidência que os demais artistas de seu estilo. Diria que está no auge, com larga vantagem perante outros nomes contemporâneos seus do mundo da MPB.

O que TH acha do Zeca? Ele sempre me passou ar daquele camarada da universidade, genial, boa praça, inteligente e super politizado, que se envolve com os problemas sociais dos alunos e ainda faz poesias. E sempre me pareceu um 'rato de saraus", cult ao extremo, despertando admiração de todos. É a imagem que me passa, e que tenho quase certeza que é verdadeira, pois vejo Zeca escrevendo com talento e bom senso sobre os mais variados temas, o que me causa uma enorme identificação. 

Conheci-o no Acústico MTV Gal Costa, com a canção "À Flor da Pele", em homenagem a "Vapor Barato", e desde então fui fiel seguidor de sua trilha, e gosto bastante inclusive do criticado disco "Líricas". 

O artista mais aguardado pelos leitores do EnTHulho Musical se apresenta no palco musical do blogue nesse mês de Fevereiro de 2015, com matérias especialíssimas e exclusivas. Vai perder?



Qual bala você prefere?


DADOS BIOGRÁFICOS (Pelo Dicionário da MPB)

Cantor. Compositor. Produtor. Segundo o livro de Marcio Paschoal, nasceu em Arari, cidade vizinha de Pedreiras, onde nasceu João do Vale. Ganhou o apelido Baleiro quando cursava a universidade. Como gostava muito de comer balas, doces e guloseimas de modo geral durante as aulas, os companheiros de curso deram-lhe o apelido. Antes de dedicar-se exclusivamente à música, chegou, inclusive, a abrir uma loja de balas, tortas e doces caseiros chamada "Fazdocinhá", nome retirado de uma tradicional cantiga de roda. 

Transferiu-se para São Paulo no ano de 1991, quando começou a atuar em bares e na noite paulistana. Por essa época, conheceu Chico César através de um amigo comum, o poeta Celso Borges. Na ocasião, pediu emprestado a Chico César um amplificador. Logo depois, os dois tornaram-se amigos e dividiram o aluguel de um apartamento. Fizeram músicas, shows e apresentações em barzinhos e casas noturnas da cidade de São Paulo. Criou o selo musical Saravá Discos, pelo qual lançou vários CDs, entre os quais "Baião de nós" (Tiago Araripe), Chico Lobo, Antônio Vieira, "Cruel" e "Sinceramente", ambos de Sérgio Sampaio, entre muitos outros trabalhos, inclusive seus, produzindo mais de 16 discos. Lançou os livros "Bala na agulha" e "Vida", este último pela Editora da Universidade Federal de Goiás, com projeto gráfico de Roger Mello.

No ano de 1995 interpretou sua composição "Belzebu de saias" no CD "XIII FAMPOP", disco com as 12 classificadas do festival da cidade de Avaré, em São Paulo. Em 1996, Maurício Tizumba no disco "África Gerais", interpretou de sua autoria "Mandela", parceria com Chico César. No ano seguinte, participou como convidado especial do "Acústico MTV", da cantora Gal Costa, no qual tocou violão em "Vapor barato" (Jards Macalé e Waly Salomão) e cantou com ela a sua composição "Flor da pele". Ainda no mesmo ano, lançou "Por onde andará Stephen Fry?", seu primeiro disco solo, produzido pela MZA Music e distribuído pela PolyGram, atingindo a marca de 80 mil cópias vendidas. No CD interpretou "Mamãe Oxum" (Adaptação), "Pedra de responsa" (c/ Chico César), "Essas emoções" (Donato Alves), e "Kid Vinil", entre outras. Foi também eleito pelos leitores do Jornal do Brasil como "Revelação do Ano". Neste mesmo ano a cantora Ceumar classificou "Dindinha" no festival de Avaré "XIV FAMPOP", sendo a composição incluída no CD homônimo do evento. No ano seguinte, recebeu três troféus na categoria pop-rock do "Prêmio Sharp 98": "Troféu revelação", "Melhor Disco" e "Melhor Música", por sua composição "Bandeira". 

Além disso, três músicas do disco fizeram parte de trilhas sonoras de novelas: "Bandeira" (novela Por amor, da Rede Globo), "Heavy metal do Senhor" (novela Era uma vez, da Rede Globo), e "Flor da pele" (novela Serras Azuis, da Rede Bandeirantes). Ainda em 1998, participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", CD produzido por Sergio Natureza que resgatou parte da obra do compositor capixaba Sérgio Sampaio. No disco interpretou "Tem que acontecer" (Sérgio Sampaio), música muito executada nas emissoras do Rio de Janeiro. Compôs também a trilha sonora para o filme "Impressões para Clara", de Joel Yamaji, e músicas para o balé "Bicho solto" em Buriti Bravo, baseado nos autos populares do Maranhão, da bailarina e coreógrafa Julia Emília. 

No ano seguinte, lançou o segundo CD de título "Vô imbolá", que contou com as participações de Zeca Pagodinho em "Samba do approach", Zé Ramalho em "Bienal", entre outros. Apresentou-se em Cannes, na França, durante a "Feira Internacional do Disco" (Midem) para lançar "Por onde andará Stephen Fry?", na Europa, pelo selo parisiense Totem. Passou também a atuar como produtor nos discos das cantoras Patrícia Ahmaral e do CD "Dindinha", da cantora Ceumar, do qual se destacou a faixa-título "Dindinha", de sua autoria, música muito executada nas rádios de todo o país. Também teve suas músicas gravadas pelas cantoras Rita Ribeiro ('Bandeira') e Simone ('Lenha'), que fizeram sucesso com suas composições. Por essa época, gravou especial para o "Programa Bem Brasil", TV Cultura de São Paulo. Em fevereiro de 2000, participou do projeto "Cantos de verão", no Conjunto Cultural da Caixa, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado dos poetas Salgado Maranhão e Ferreira Gullar, participou do projeto "Literalmente às Quartas", produzido por Sergio Natureza e Euclides Amaral no Espaço Cultural Caravelas, no Rio de Janeiro, no qual os três artistas deram depoimento sobre vários aspectos de suas carreiras e de seu estado, o Maranhão. 

Neste mesmo ano, Nosly, seu parceiro, lançou o CD "Teu lugar", no qual incluiu várias parcerias de ambos: "Noves fora", "Japi" e "Brinco". Ainda no ano 2000, ao lado de Chico César, Nosly, Rita Ribeiro, Paulo Lepetit e Décio Rocha, entre outros, participou do disco "XXI", do poeta e letrista maranhense Celso Borges. No ano de 2001 lançou o CD "Líricas". Em 2002 lançou o CD "PetShopMundoCão", disco no qual contou com algumas participações especiais como Carlos Dafé (em 'Mundo dos negócios'), Totonho e os Cabras, As Gatas (em 'Fio da véia') e Elba Ramalho. No CD foram gravadas, entre outras, "Mundo cão", parceria com o poeta Sergio Natureza, "O hacker", "Drumembêis", "Minha tribo sou eu", "Meu nome é Nélson Rodrigues", "Eu despedi o meu patrão" (c/ Capinam), "Guru da galera", "Fiz esta canção" (c/ Matilda Kovac), "A serpente" e "Telegrama", esta última, muito executada em várias emissoras de rádio por todo o país. Ainda neste disco, o cantor e compositor contou com as participações de Lui Coimbra (violoncelista), As Gatas (tradicional grupo de samba carioca), Jr. Tsttoi (guitarrista do grupo Vulgue Tostói) e o rapper Fernandinho Beat Box. Neste mesmo ano Verônica Sabino gravou de sua autoria "Só saudade", parceria com Fausto Nilo. No ano de 2003, lançou pela Indie Records o CD "Raimundo Fagner & Zeca Baleiro". No CD foram incluídas oito parcerias de ambos: "Balada de agosto", além de "Canhoteiro" (c/ Fagner, Fausto Nilo e Celso Borges), "Auzulejos" (c/ Fagner e Sergio Natureza) e ainda parcerias com Capinam em algumas faixas e Torquato Neto na faixa "Daqui pra lá, de lá pra cá", letra inédita do poeta, cedida pela viúva Ana Araújo. 

Neste mesmo ano, ao lado de Chico Buarque, Dominguinhos, Fagner, João Donato, Moraes Moreira, Geraldo Azevedo e Sueli Costa, participou do CD "Casa tudo azul", disco do letrista Fausto Nilo e ainda do CD do grupo Viola Quebrada, no qual interpretou "Balão que cai". Fechou a turnê do disco "Petshopmundocão", no Canecão. Em 2005 lançou o CD "Baladas do asfalto & outros blues" com várias composições inéditas de sua autoria, entre elas "Mulher amada", (sobre poema de Murilo Mendes), "Alma nova" (c/ Fernando Abreu), "Amargo", "Balada do asfalto", "Cigarro", "Muzak", "O silêncio", "Quando ela dorme em minha casa" (c/ Fausto Nilo), "Cachorro doido" (c/ Fernando Abreu), "Flores no asfalto" (c/ Gerson da Conceição), "Balada do céu negro" (c/ Tuco Marcondes), "Meu amor, minha for, minha menina" e "Versos perdidos" (c/ Fausto Nilo). Neste mesmo ano participou do disco-livro "Música", de Celso Borges, no qual foram incluídas três parcerias com o poeta: "Americana" (interpretada pelo próprio Zeca Baleiro), "Aurora" (interpretada por Ceumar) e "Morada", cantada por Miriam Maria. 

Ainda em 2005 apresentou-se no Canecão, no Rio de Janeiro, show no qual mostrou parte da obra inédita, além de sucessos de carreira. Apresentou-se na França no evento que celebrou o ano do Brasil na França. Neste mesmo ano, participou do disco "Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos", no qual interpretou a faixa "Roda morta", de Sérgio Sampaio e Sergio Natureza. Participou do disco "Amorágio", do poeta-letrista Salgado Maranhão, no qual regravou "Trem da consciência", de Vital Farias e Salgado Maranhão. Ao lado de Caetano Veloso, Gabriel, o Pensador e Milton Nascimento, participou do disco "O irmão do meio", do cantor e compositor português Sérgio Godinho, um dos principais representantes da nova música de Portugal. 

Neste mesmo ano de 2005 produziu e lançou por seu selo Saravá Discos o CD póstumo "Cruel", do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio, falecido em 1994. Em 2006 lançou o CD "Ode descontínua e remota para flauta e oboé - De Ariana para Dionísio", disco no qual musicou dez poemas de amor do livro "Júbilo, memória do noviciado da paixão", da poeta Hilda Hilst (falecida em 2004) interpretados por Maria Bethânia, Ângela Maria, Zélia Duncan, Angela Ro Rô, Olívia Byington, Mônica Salmaso, Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Jussara Silveira e Ná Ozzetti. Considerado pela crítica especializada de neotropicalista, devido às influências do movimento tropicalista na sua obra, lançou três DVDs com as turnês de seus shows "Vô imbolá" (1999), "Líricas" (2001) e "Petshop", de 2002. 

Em 2007, a convite da diretora e coreógrafa Suely Machado, compôs a trilha sonora do balé "Geralda e Avencas", 14º espetáculo do Grupo de Dança 1º Ato, de Belo Horizonte. O espetáculo estreou em setembro na capital mineira e neste mesmo ano a trilha foi lançada em SMD (Semi metalic disc), destacando-se a faixa "Turbinada". O espetáculo também foi apresentado em várias capitais do Nordeste, São Paulo, Rio de Janeiro e posteriormente fez turnê por várias cidades da Espanha. Em 2008, também por seu próprio selo - uma parceria com sua empresária Rossana Decelso - lançou os discos "Sinceramente", remasterização para CD do último LP em vida do compositor capixaba Sérgio Sampaio e ainda o CD "Cubo", resultante da trilha sonora composta para o espetáculo do grupo Núcleo Lúdico de Dança. Ainda neste mesmo ano, lançou o disco de inéditas "O coração do Homem-Bomba volume 1", do qual se destacaram as faixas "Elas por ela", "Vai de Madureira", "Nega neguinha", "Você não liga pra mim", "Ela falou malandro" (c/ Zé Geraldo), "Toca Raul", "Geraldo Vandré" (c/ Chico César), além das regravações de "Alma não tem cor" (André Abujamra) e "Bola dividida", de Luiz Ayrão. 

O CD teve lançamento no Circo-Voador, no Rio de Janeiro, em show acompanhado pelo grupo Os Bombásticos", integrado por Tuco Marcondes (guitarra e violão), Fernando Nunes (baixo), Pedro Cunha (teclado e acordeom), Kuki Stolaski (bateria e percussão), Hugo Hori (sax e flauta), Tiquinho (rombone) e Hombre Cerutto (trompete). Em 2010 lançou, por seu selo musical Saravá Discos o disco "Trilhas", com composições de sua autoria feitas para cinema (filmes 'Carmo' e 'Flores para os mortos'), teatro (peça 'Mãe Gentil') e dança (peças 'Cubo' e 'Geraldas'), com composições como "Turbinada", "Roxinha", "Xote do edifíciio" e "Carmo". Também lançou o CD "Concerto", disco gravado ao vivo em show no no palco do teatro FECAP e várias músicas inéditas, entre as quais "A depender de mim" e "Canção de ninar um neguim", além de regravar composições de Cartola, Assis Valente e Foo Fighters. Neste mesmo ano lançou dois livros: "Bala na agulha - reflexões de boteco, pastéis de memórias e outras frituras), com assuntos diversos e o livro "A vida é um souvenir made in Hong Kong - Livro de canções" (Editora da Universidade Federal de Goiás), com letras de algumas de suas composições gravadas. 

Ainda em 2010 estreou como autor teatral com a peça infanto-infantil "Quem tem medo do curupira?" (dirção de Débora Dubois), no Teatro do Sesi, de São Paulo. Neste mesmo ano foi o vencedor do "Prêmio da Música Brasileira" na categoria "Canção Popular" com o disco "O coração do homem-bomba - ao vivo". No ano de 2011 foi uma das atrações do "Rock In Rio IV", apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no Palco Sunset, no qual recebeu como convidado o músico e cantor Lokua Kanza. Em 2012 lançou o CD "O disco do ano", no qual interpretou de sua autoria várias composições inéditas, entre as quais "Zás" (c/ Wado), "O desejo", com participação do cantor Chorão, da banda Charles Brown Jr.; "Meu amigo Enock", com a participação especial da cantora Andréia Dias; "Último post", feita em parceria com a irmã Lúcia Santos e faixa que contou com a participação especial de Margareth Menezes; "O desejo", "Calma ai, coração" (c/ Hyldon); regravou "Nada além" (c/ Frejat); "O amor viajou"; "Tattoo"; "Nu com a minha máscara" e "Mamãe no Face". 

O show de lançamento ocorreu no Circo Voador, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. No ano de 2013 apresentou-se em shows em Fortaleza, ao lado do parceiro de várias composições Nosly. Gravou em dueto com Amelinha a faixa "Asa partida" (Fagner e Abel Silva) no CD "Janelas do Brasil ao vivo", de Amelinha. Neste mesmo ano gravou em dueto com Tiago Araripe a faixa-título "Baião de nós" (Zeca Baleiro e Tiago Araripe) no CD do parceiro lançado pelo selo Saravá Discos. Entre suas várias intérpretes estão Margareth Menezes em "Mãe de leite", incluída no CD "Maga - AfroPopBrasileiro" e Míriam Maria que gravou "Banguela", "Canção ainda sem nome" e "Boi de haxixe", as três, de sua autoria e incluídas no CD "Rosa fervida em mel", além de Rita Ribeiro, uma de suas principais intérpretes. Ainda em 2013 apresentou o espetáculo "Piano e voz", dividido com o tecladista Adriano Magoo no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro e também apresentado em Brasília, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre. No show, além de interpretar alguns de seus sucessos, foram incluídas composições de Gilberto Gil "Esotérico" e Sérgio Sampaio "Não adianta", entre outras. Entre seus muitos parceiros estão os poetas Salgado Maranhão, Sergio Natureza, Fausto Nilo, Capinan e Celso Borges, além de Chico César, Tuco Marcondes e Tiago Araripe.



Gal, Oswaldo, Chorão e Zélia são apenas algumas das parcerias essenciais do artista. 



DISCOGRAFIA


(1995) XIII FAMPOP • (vários) • CD
(1997) Por onde andará Stephen Fry • PolyGram • CD
(1998) Balaio do Sampaio • MZA/PolyGram • CD
(1999) Vô Imbolá • PolyGram • CD
(2000) XXI • Independente • CD
(2001) Líricas • PolyGram • CD
(2002) PetShopMundoCão • MZA/Abril Music • CD
(2003) Raimundo Fagner & Zeca Baleiro • CD
(2003) Casa tudo azul • CD
(2005) Música • Coleção Ruptura Réptil/Poesia para ouvir • CD
(2005) Sérgio Godinho - O irmão do meio • Portugal • CD
(2005) Amorágio • Selo SescRio.Som • CD
(2005) Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos • Selo SescRio.Som • CD
(2005) Baladas do asfalto & outros blues • MZA/Universal • CD
(2006) Ode descontínua e remota para flauta e oboé - De Ariana para Dionísio • Saravá Discos •CD
(2007) Geraldas e Avencas - Trilha sonora • Saravá Discos
(2008) O coração do Homem-Bomba volume 1 • Saravá Discos/MZA • CD
(2008) Cubo - Trilha sonora • Saravá Discos • CD
(2010) Concerto • Selo Saravá Discos • CD
(2010) Trilhas • Saravá Discos • CD
(2012) O disco do ano • Selo Saravá Discos/Som Livre • CD
(2012) Lado Z, Volume 2. 

(2014) Calma Aí, Coração, Ao Vivo




Além do exímio letrista que é, o domínio cênico de Zeca no palco é imbatível!


Pelass extensa biografia e discografia, já sentiu que teremos muita história pra contar nesse mês, não é ? Não percam essa viagem fabulosa pela obra desse grande nome da música brasileira!

Pra começar, já que mencionamos tantas parcerias, vamos relembrar o primeiro hit de Zeca, aqui em parceria com outro grande nome de nossa música: Raimundo Fagner!


À FLOR DA PELE 
Zeca Baleiro. Participação: Fagner. 

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

Oh, sim!
Eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito
Mais em você
Eu não preciso
De muito dinheiro
Graças a Deus!
Mas vou tomar
Aquele velho navio
Aquele velho navio!

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!


TH - Salve Zeca!





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