sábado, 28 de fevereiro de 2015

ÚLTIMA FAIXA: Balas esquerdopatas! (Crônica)



[Ler ao som de "Mamãe Oxum"]


E lá se vai o bonde do Baleiro, que nos pontuou durante todo esse mês de Fevereiro aqui no EnTHulho! Nos deixou mais inteligentes também, porque não dizer?

Das 4 matérias programadas, infelizmente só 3 (com essa) foram ao ar. O motivo é que contava com um texto de uma fã do rapaz, mas que por motivos até alheios à sua vontade, não chegou até mim. Paciência. Não chorem! Baleiro terá sempre lugar cativo aqui no EnTHulho! Inclusive, ele estará amanhã de novo, por aqui, no TopTulho!

O que aprendi sobre Zeca Baleiro esse mês? Não sei se sabem, mas sempre que elejo um Artista do Mês, uma de minhas "tarefas pessoais" é passear com o dito cujo no meu MP3 ao longo desses 30 dias, pra "sentir a atmosfera" que ele representa e nos passa. 

Refaço aqui a minha impressão do post inaugural de Zeca Baleiro nesse Fevereiro: ele é aquele professor universitário comunista, com ideias geniais, engajado nas causas mais importantes e de interesse coletivo, com uma mente brilhante, que é constantemente aclamando por todos por ser genuinamente comunicativo e inteligente. Associando música e política (que são, acreditem, bem mais interligadas do que se imagina), Zeca é petista, mas aquele petista na sua essência, incorruptível e que, mesmo em momentos mais capitalistas (tá aí "Ai Que Saudade D' Ocê" bombando na novela), o faz com verdade e pureza, reafirmando, assim, seu talento e a alcançando uma gama infinita de admiradores. 

Como toda Esquerda, tem seus inimigos de Direita, exatamente aqueles mais reacionários e revoltadinhos. Ou por acaso não se lembram o triste episódio de seu "desentendimento" com Luciano Huck, que reagiu mal a uma crítica sua (que eu nem me recordo qual foi, pra lhes ser bastante sincero). A resposta do "Tucano Huck" foi a mais infantil possível "se você fizesse sucesso, estaria no meu programa". Zeca limitou-se a não responder, ganhando, assim, mais ainda a minha admiração. 

Reafirmo: música e política são instrumentos afins. Há Chicos e Baleiros de um lado esquerdo. Há Anittas e Luans do outro. A diferença é que, como é a mais sentimental das artes, as "balas perdidas" de defesa dos cantores são as canções. Quando mais criativas, maiores são seus efeitos. E as balas do Zeca são certeiras e contundentes. Como há muito não se via na música brasileira. 

Balas de sentimentos. Balas literárias. Balas poéticas. Balas para todos os gostos!


THIAGO HENRICK

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