"Sociedade alternativa, sociedade novo aeon. É um sapato em cada pé, é direito de ser ateu, ou de ter fé, ter prato entupido de comida que você mais gosta. É ser carregado, ou carregar gente nas costas, direito de ter riso de prazer, e até direito de deixar Jesus sofrer"
Rauuul
Rauuul
Tava aqui pensando na tal "sociedade alternativa".
Todos sabemos que é, na verdade, uma utopia criada na década de 70 por Raul e o outro mago parceiro (e inimigo íntimo) seu, Paulo Coelho. Jamais foi realizada (e entendida na sua plenitude) até hoje.
Raul foi deveras influenciado ideologicamente pelo escritor ocultista britânico Aleister Crowley, de onde tirou certamente a maior parte de suas "viagens musicais", presentes em suas letras fortes e de efeito. Mas Kika Seixas, sua ex-mulher, ratifica a escassez teórica da filosofia, garantindo que há muito mais de sonhos do artista e dos fãs do que realidade propriamente dita. Ele dizia que não iria criar regras para a tal sociedade, pois seria contraditório com sua premissa "Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei".
Muita viagem? Então por que não embarcamos todos, nós, para uma realidade que também seja só nossa, com nossas regras (ou falta de) e com um mundinho recheado de tudo o que queremos e admiramos? Precisaríamos escolher um filósofo ou escritor de nosso agrado (Clarice está disponível?) e embarcarmos com o poder de nossa imaginação, seja no trem das sete, no disco voador ou no Metrô linha 743.
Brincadeiras à parte, a potência e força que Raul exerce até hoje mostra que o mestre é querido até em seus desvaneios. Isso se deve, acredito, ao fato de tudo "ter que fazer sentido" em sua concepção. Independente de suas ideias, por muitos consideradas satanistas ou obscuras, estava ali um homem que sabia verbalizar bem aquilo que poucos conseguem. Mago? Pode ser, mas acredito que a palavra "mágico" seria bem mais oportuna pra representá-lo.
Respeito bastante as pessoas que criam universos imaginários, que cogitam até a criação de uma sociedade paralela. E mais ainda aqueles que fazem com um certo propósito, como fez Raul. Propósitos estes que são objetos de análise e estudo até hoje. Além, claro, de serem alvo de cultuação do número cada vez maior de fãs.
Viva...viva...viva a nossa sociedade alternativa!
THIAGO HENRICK
Todos sabemos que é, na verdade, uma utopia criada na década de 70 por Raul e o outro mago parceiro (e inimigo íntimo) seu, Paulo Coelho. Jamais foi realizada (e entendida na sua plenitude) até hoje.
Raul foi deveras influenciado ideologicamente pelo escritor ocultista britânico Aleister Crowley, de onde tirou certamente a maior parte de suas "viagens musicais", presentes em suas letras fortes e de efeito. Mas Kika Seixas, sua ex-mulher, ratifica a escassez teórica da filosofia, garantindo que há muito mais de sonhos do artista e dos fãs do que realidade propriamente dita. Ele dizia que não iria criar regras para a tal sociedade, pois seria contraditório com sua premissa "Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei".
Muita viagem? Então por que não embarcamos todos, nós, para uma realidade que também seja só nossa, com nossas regras (ou falta de) e com um mundinho recheado de tudo o que queremos e admiramos? Precisaríamos escolher um filósofo ou escritor de nosso agrado (Clarice está disponível?) e embarcarmos com o poder de nossa imaginação, seja no trem das sete, no disco voador ou no Metrô linha 743.
Brincadeiras à parte, a potência e força que Raul exerce até hoje mostra que o mestre é querido até em seus desvaneios. Isso se deve, acredito, ao fato de tudo "ter que fazer sentido" em sua concepção. Independente de suas ideias, por muitos consideradas satanistas ou obscuras, estava ali um homem que sabia verbalizar bem aquilo que poucos conseguem. Mago? Pode ser, mas acredito que a palavra "mágico" seria bem mais oportuna pra representá-lo.
Respeito bastante as pessoas que criam universos imaginários, que cogitam até a criação de uma sociedade paralela. E mais ainda aqueles que fazem com um certo propósito, como fez Raul. Propósitos estes que são objetos de análise e estudo até hoje. Além, claro, de serem alvo de cultuação do número cada vez maior de fãs.
Viva...viva...viva a nossa sociedade alternativa!
THIAGO HENRICK
Belíssimo artigo. Fica difícil imaginar se Raul teria espaço no mundo de hoje, mas acho que, como todo gênio, saberia se reinventar. E viva a sociedade alternativa! Abração!
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